Não tem de ser igual a toda a gente para ter sucesso profissional e há um livro que lhe explica porquê. "Como ser diferente do rebanho", publicado em Portugal pela editora Vogais, é uma obra para todas as mulheres, que também pode ser lida pelos homens, que se sentem inconformadas com a sua carreira. Escrito a partir da história da própria autora, Jennifer Romolini, responsável de conteúdos do site Shondaland.com, mostra, com muito humor, como é possível ser diferente e ter sucesso profissional.

Para além disso, demonstra que os altos e os baixos fazem parte de qualquer percurso e que devemos aprender com eles. Jennifer Romolini começa por escrever sobre o curriculum vitae e a ensinar como deve fazê-lo. "As únicas coisas que os entrevistados/empregadores procuram por ordem de importância, são onde já trabalhou, durante quanto tempo lá trabalhou, onde estudou e que cursos tirou", realça no livro. Nas entrevistas, a especialista defende que não deve fingir ser quem não é.

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Finja apenas sentir-se mais confiante do que é, que sabe o que fazer com as mãos e mais nada. De resto, como explica no livro, "é crucial que demonstre em rigor o que sabe e não sabe fazer". "Diga apenas o que fez e da forma mais direta possível. Não exagere os seus méritos. Um patrão inteligente irá perceber logo isso e não a contratará. Um patrão menos inteligente irá acreditar em si e esperar que revele essas capacidades desde o primeiro dia, o que a fará começar o trabalho com o pé esquerdo e talvez nunca recuperar", assegura. Ser persistente é um dos conselhos que dá no livro e também às pessoas que a abordam diretamente online.

Para a responsável de conteúdos do site Shondaland.com, alcançar o sucesso profissional "é um caminho tortuoso e labiríntico. É um continuum. É inesperado e estranho. Vai magoá-la e, por vezes, deitá-la abaixo", alerta. O segredo para o sucesso é ter resiliência, inteligência e audácia para continuar sempre em frente mesmo quando o mundo parece dizer-lhe o contrário. Quanto mais relevante for o seu trabalho, quanto mais contactos estabelecer, melhor. Além, claro, do pensamento positivo que também tem de ter.

Jennifer Romolini aconselha a ver os perfis da rede social Linked In de pessoas com uma carreira como a que gostava de ter para se motivar. Sobreviver a si mesma é outra das recomendações da especialista. Não oiça as vozes auto sabotadoras do seu cérebro, pois só geram insegurança, adverte. Ao longo da sua vida profissional, Jennifer Romolini aprendeu que se pode ser diferente de toda a gente e fazer disso um trunfo. O mais importante é ser genuína, ser ótima no seu trabalho e ser amável para quem a rodeia.

Há, para esta especialista, ainda um outro aspeto que deve dominar, a conversa fiada. Por mais entediante que seja e por muito que a irrite, a conversa de circunstância é necessária em alguns contextos. Aborde factos estranhos, pergunte pelos cães, fale sobre as pastelarias, faça elogios sentidos sobre as aptidões das pessoas e seja sempre muito positiva. Se cometeu um erro, não se deixe paralisar, o que importa é como recupera dele. Se for culpa sua, não o negue nem fique na defensiva e peça desculpa rapidamente.

As coisas que (quase) ninguém nos diz

Os conselhos que Jennifer Romolini, responsável de conteúdos do site shondaland.com, gostaria que lhe tivessem dado quando começou a trabalhar:

- À primeira vai fazer tudo mal. E talvez também o faça à segunda e à terceira. O importante é trabalhar para que seja sempre melhor nas suas funções.

- Nunca haverá um consenso positivo sobre si. Algumas pessoas simplesmente não gostarão de si e não há nada que possa fazer para mudá-lo.

- Pare de oscilar dois pólos maus. Nem é lixo nem é um deus. O meio-termo é mais saudável. Além disso, não tenha medo de correr riscos.

- Relaxe. Não leve o trabalho demasiado a sério nem deixe que todas as facetas do trabalho a irritem. Cuide de si, identifique o que a faz sentir-se nervosa e insegura. Leia algo que não tenha a ver com trabalho, pare de acumular dias de férias e, sempre que puder, vá ao ginásio.

Texto: Rita Caetano