O forte crescimento do preço das casas em Portugal, que marcou a segunda metade do ano passado, desacelerou de forma progressiva nos primeiros três meses de 2024.
Os dados da Alfredo mostram que o mercado imobiliário deu sinais de estabilização no primeiro trimestre, com a oferta de imóveis disponíveis no mercado a aumentar até março.
De acordo com o mais recente relatório da Alfredo, o preço médio dos imóveis residenciais fixou-se em 2.312 euros por m2, em março, o que traduz um aumento de 6,5% em relação ao mesmo mês do ano passado. Esta variação homóloga é inferior às subidas de 7,1% e 8,6% registadas em fevereiro e janeiro, respetivamente.
O Índice de Preços Alfredo reúne informação de vários portais públicos de listagem e sites de agências imobiliárias com dados de transação que são posteriormente trabalhados utilizando algoritmos avançados de Inteligência Artificial, o que permite caracterizar a realidade do mercado imobiliário em Portugal de uma maneira nunca vista. O Doutor Finanças é parceiro da Alfredo no relatório emitido com dados em tempo real.
Considerando a evolução mensal, os preços das casas subiram ligeiros 0,1% em março, face ao mês anterior, depois de terem descido 1% em fevereiro, em comparação com o primeiro mês do ano.
Maioria das regiões ainda tem aumentos superiores a 10%
Os dados relativos a março mostram que, apesar da desaceleração no crescimento do preço das casas, a maioria das regiões ainda registou subidas de dois dígitos. Das 20 regiões analisadas (18 capitais de distrito e Ilhas), 11 apresentaram aumentos superiores a 10%.
Portalegre liderou o ranking, com os preços a crescerem 20,8% em março face ao mesmo mês do ano anterior. Seguiram-se Ponta Delgada (17,2%), o Funchal (17,1%) e Viana do Castelo (15,4%).
Nenhuma região em Portugal registou uma descida de preços e apenas na Guarda os valores médios se mantiveram inalterados em 459 euros por m2. Apesar de ser o município mais barato para comprar casa, foi na Guarda que os imóveis demoraram mais tempo a ser vendidos, em março, com uma média de 194 dias, o equivalente a seis meses e meio.
Oferta de imóveis cresce até março
O relatório da Alfredo mostra ainda que a oferta de imóveis disponíveis no mercado aumentou progressivamente nos primeiros três meses deste ano. Em janeiro, havia 182.752 imóveis para venda, em fevereiro 183.238 e em março 186.211.
Lisboa foi a capital de distrito com o maior número de apartamentos no mercado, 13.260, enquanto Portalegre, com 72, foi a capital com o número mais baixo. Também no que respeita às moradias, Portalegre foi a capital de distrito com o número mais baixo, 215, e o Porto com o número mais elevado, 1.776.
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