Falando na abertura de uma cimeira de líderes que convocou para pedir a vários líderes mundiais compromissos firmes para reduzir as emissões e combater as alterações climáticas, Biden indicou que os Estados Unidos querem ainda chegar a 2050 com emissões carbónicas neutras.
Defendeu que o investimento em energias limpas e a reconversão de milhões de trabalhadores de indústrias poluentes são o tipo de investimentos que lançarão os Estados Unidos "no caminho para reduzir as emissões com efeito de estufa a metade até ao fim desta década".
"É para lá que nos dirigimos como nação: para a construção de uma economia não apenas mais próspera, mas mais saudável e mais limpa", declarou o chefe de Estado, que voltou a pôr os Estados Unidos no Acordo de Paris para conter o aquecimento global até ao fim do século, depois de o seu antecessor ter retirado o país desse compromisso.
Mas os Estados Unidos, apontou, são responsáveis por 15% das emissões mundiais e "nenhuma nação consegue resolver esta crise sozinha", afirmou Joe Biden, pedindo às maiores economias do mundo compromissos semelhantes.
O compromisso assumido hoje, que aponta para uma redução de 50% a 52% das emissões carbónicas norte-americanas até 2030, representa quase o dobro do anterior, que apontava para uma redução de 26% a 28% até 2025.
Quando se fala de alterações climáticas, Biden diz que vê empregos e "uma oportunidade económica pronta a ser lançada", indo além da necessidade de preservar o planeta.
"O custo de não fazer nada continua a acumular-se", avisou, contrapondo que tudo o que é preciso fazer e mudar nas economias mundiais para combater as alterações climáticas representa "criar milhões de empregos de classe média bem pagos e sindicalizados".
Nos Estados Unidos, tenciona lançar um "investimento gigantesco em inovação e infraestruturas" que contemple "todos aqueles que com demasiada frequência são deixados para trás.
Há milhares de quilómetros de infraestruturas e cabos elétricos para montar, há lugar em fábricas de veículos elétricos para os trabalhadores da indústria automóvel tradicional, há milhares de poços de petróleo para selar e muitas minas de carvão para limpar e reconverter, exemplificou.
A iniciativa terá que partir do governo federal, mas também "das cidades e dos estados, das empresas grandes e pequenas, das grandes multinacionais e dos trabalhadores americanos de todos os setores", defendeu.
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