Segundo o documento, publicado no domingo pelo ministério da Ecologia e do Meio Ambiente e pela Comissão Nacional de Reforma e Desenvolvimento, o órgão máximo chinês de planificação económica, a proibição deve alargar-se a "todas as áreas urbanas acima do nível da prefeitura e a comunidades costeiras bem desenvolvidas".
O mesmo anúncio revela que a produção e a venda de talheres descartáveis fabricados com espuma de plástico - copos de poliéster ou palhinhas, por exemplo - vão ser banidos. As autoridades esperam reduzir o uso de talheres de plástico descartáveis em 30%, até 2025.
Os hotéis de categoria superior devem também parar de "fornecer ativamente" produtos de plástico de uso único, antes do final de 2022, embora possam vendê-los, numa medida que se alargará a todo o tipo de alojamento, em 2025.
Nas principais províncias do país, os serviços de entrega ao domicílio - um dos setores que mais utiliza embalagens de plástico, face ao ‘boom’ no comércio eletrónico no país -, não poderão usar embalagens de plástico não biodegradáveis ou sacos descartáveis de tecido plástico, a partir de 2022.
Três anos depois, os novos regulamentos vão alargar-se a todas as empresas do setor.
Segundo dados das Nações Unidas, mais de 31 toneladas de plástico são utilizadas na China todos os dias, entre as quais 74% não são adequadamente processadas: entre os 10 rios que transportam mais de 90% do plástico que acaba nos oceanos, seis correm parcial ou totalmente através do gigante asiático.
A China proibiu, em 2018, a importação de resíduos de plástico não-industriais, numa decisão com impacto mundial, já que a China era o principal destino de plástico para reciclar exportado pelos países mais ricos.
As importações e exportações globais anuais de resíduos de plástico dispararam em 1993, crescendo 800% até 2016. Segundo dados oficiais, em 1992, a China recebeu cerca de 106 milhões de toneladas de resíduos de plástico, o que representa cerca de metade das importações mundiais.
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