As organizações apresentaram a campanha, designada “Soluções para a contaminação”, durante um evento no laboratório de ideias progressista Centro para o Progresso norte-americano, e enviaram uma carta a Biden para pedir que cumpra as suas promessas.

“O tempo está a acabar. Quando mais demorarmos, maior será o custo desta inação para os norte-americanos quer em vidas quer em dólares e na devastação do meio ambiente”, afirmam as organizações envolvidas, que dizem representar dezenas de milhares de pessoas nos EUA.

Em concreto, os grupos pediram a Biden que aplique 20 normas federais para reduzir a contaminação e proteger a saúde dos norte-americanos, em particular os membros das minorias afro-americana e hispânica, desproporcionalmente afetadas por este problema.

Nesta iniciativa, o vice-presidente da NextGen Education Fund, o afro-americano Harry Johnson II, explicou que se envolveu pessoalmente no combate contra as alterações climáticas, porque quando era criança sofria com frequência ataques de asma quando vivia numa zona de forte poluição do ar.

Por sua vez, a diretora executiva do Poder Latinx, Yadira Sánchez, também pediu ao Governo que cumpra as suas promessas para proteger as comunidades mais vulneráveis.

Biden vai aprovar na terça-feira a nova Lei para a Redução da Inflação, que prevê mais de 400 mil milhões de dólares (398 mil milhões de euros) em novos investimentos, quase todas centradas em fornecer um impulso à indústria da energia verde no país e na redução dos gases poluentes.

Esta medida constitui o maior investimento contra as alterações climáticas da história dos Estados Unidos. Os seus apoiantes consideram que poderá reduzir em 40% as emissões poluentes do país até 2030, em relação aos níveis de 2005.

No entanto, Biden prometeu reduzir que reduziria as emissões nos Estados Unidos entre 50 a 52% em 203º, em relação a 2005.

A Lei para a Redução da Inflação constitui uma das maiores medidas contra as alterações climáticas aprovadas por Biden desde a sua chegada à Casa Branca em janeiro de 2021, quando anunciou o regresso dos EUA ao Acordo de Paris para as alterações climáticas e após a saída do seu antecessor Donald Trump (2017-2021).