Chuvas fortes são frequentes no final da primavera e início do verão, principalmente no centro e sul da China, regiões onde também estão localizadas cidades industriais importantes.
Nos últimos dias, fortes chuvas atingiram a província de Guangdong, no sudeste da China, ameaçando os serviços logísticos e produção manufatureira, numa altura em que as cadeias de fornecimento estão já sob pressão devido às restritivas medidas de prevenção adotadas pela China, no âmbito da política de ‘zero casos’ de covid-19.
A cidade de Shaoguan, localizada a cerca de 200 quilómetros a norte de Cantão, a capital da província, emitiu hoje um alerta vermelho para inundações, o nível mais alto do serviço meteorológico chinês.
As escolas foram transformadas em abrigos temporários e centenas de instalações provisórias foram montadas num centro desportivo, segundo imagens divulgadas pela imprensa.
A região vizinha de Guangxi, no sul, foi atingida pelas piores chuvas desde 2005, segundo a imprensa local. Os moradores foram retirados, à medida que as águas lamacentas inundaram áreas residenciais.
De acordo com os serviços meteorológicos locais, 28 rios da região subiram para níveis considerados perigosos.
Em Fujian, no leste da China, mais de 220 mil pessoas foram também retiradas, como medida preventiva, desde o início do mês, segundo a agência noticiosa oficial Xinhua.
As chuvas em Guangdong, Fujian e Guangxi atingiram uma média de 621 milímetros entre o início de maio e meados de junho, o nível mais alto desde 1961, de acordo com o boletim meteorológico da China.
Em 2021, a China sofreu inundações severas, com chuvas muito fortes no centro do país, que resultaram em mais de 300 mortos.
A maioria morreu em inundações e deslizamentos de terra na cidade de Zhengzhou, onde muitos motoristas ficaram presos, pelo aumento repentino das águas em túneis rodoviários.
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