A seguir às beatas de cigarros, as pastilhas elásticas, que demoram em média entre cinco a seis anos a decompor-se, são o segundo resíduo mais produzido em todo o planeta. Estima-se que sete em cada dez dos 374, 1 mil milhões de unidades que são anualmente consumidos em todo o mundo acabem no chão em vez de irem parar ao caixote do lixo. Segundo a consultora ReportLinker, o mercado internacional deste produto ronda atualmente os 29,9 mil milhões de dólares, cerca de 25,3 mil milhões de euros.
Em 2027, em função do aumento do consumo previsto, deverá mesmo atingir os 38,6 mil milhões de dólares, mais de 32,6 mil milhões de euros. Na tentativa de travar a poluição global e de fazer face ao desperdício crescente, há empresas que têm vindo a estudar formas de recilagem e de (re)aproveitamento das pastilhas elásticas, como é o caso da companhia britânica GumDrop, pertencente à criadora de moda londrina Anna Bullus, que as reutiliza desde 2018 para fabricar as solas das sias sapatilhas.
As primeiras que usou foram recolhidas nas ruas de Amesterdão, nos Países Baixos, mas, nos últimos anos, à semelhança da GumDrop, também a empresa TerraCycle tem vindo a instalar contentores de recolha próprios para incentivar os consumidores deste produto a habituarem-se a deitar lá as pastilhas que outras empresas poderão, depois, reciclar e reaproveitar. Há unidades fabris que estão a usar o polímero sintético que daí resulta para produzir canecas, galochas, réguas, palhetas e até caixotes do lixo.
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