Num breve discurso, Michele Bolsonaro enfatizou que o seu marido é “o Presidente mais cor-de-rosa do mundo”.

Já o Presidente brasileiro, muitas vezes acusado de manter posições sexistas ou racistas, que chegaram a motivar denúncias à Justiça, afirmou, na sua intervenção: “Se dependêssemos das mulheres, não haveria guerras no mundo."

Bolsonaro também elogiou o papel das mulheres no mercado de trabalho, afirmando que até há algumas décadas elas eram apenas “professoras ou donas de casa” e comemorou que “hoje elas estão praticamente integradas à sociedade”.

O Presidente brasileiro, que entre os 23 membros do seu gabinete tem apenas três mulheres, salientou ainda que "quando se fala delas, não se pode deixar de pensar na família" e no papel que desempenham na "preservação dos valores familiares”.

A ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, e a chefe da Secretaria de Governo, Flávia Arruda, que também participaram na cerimónia, reviram revisar as medidas adotadas pelo Governo brasileiro nos últimos anos em prol das mulheres.

"Este é um Governo rosa", reafirmou Damares Alves.

A alusão a essa cor remete para uma polémica de 2019, quando Damares Alves, que também é pastora evangélica, disse que, com a chegada de Bolsonaro, o Brasil iniciava uma nova era e que os meninos voltariam a vestir azul e as meninas rosa.

Essa afirmação foi condenada por feministas e pela oposição, que neste Dia Internacional da Mulher convocaram protestos em todo o país contra o Governo brasileiro.