Assim como os seres humanos, os animais são sensíveis às variações de temperatura, luz solar e ambiente ao seu redor. Segundo João Reis, médico veterinário da da AniCura Alma Hospital Veterinário, “a alteração de horário e a redução de horas de luz solar afetam o ritmo circadiano dos animais, provocando mudanças significativas nos seus padrões de sono e comportamento. Os animais são sensíveis à redução de luz natural e ao frio. Durante o inverno, é comum que eles apresentem uma maior necessidade de sono e procurem ambientes mais quentes e confortáveis para descansar”.

Com a chegada do frio, cães e gatos procuram fontes de calor, optando por locais aquecidos, como cobertores, lareiras ou aquecedores. “Alguns animais podem até demonstrar sinais de letargia e menor disposição para brincar, principalmente se não forem estimulados fisicamente”.

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O metabolismo dos animais pode também ser afetado, resultando numa maior necessidade de ingestão de calorias para manter a temperatura corporal. No inverno é comum observar um aumento do apetite dos cães e dos gatos, pois estes precisam de mais energia para se manterem aquecidos. No entanto, é fundamental que os cuidadores ajustem as necessidades energéticas com a diminuição da atividade física, a fim de prevenir o ganho excessivo de peso.

Entre as preocupações mais comuns estão o ressecamento da pele e dos coxins das patas, devido ao clima mais seco. Animais mais velhos ou com problemas articulares, podem ver os sintomas exacerbados pelo frio.  “No inverno, os animais com predisposição a doenças articulares, como artrite, podem sentir mais dor, sendo fundamental estar atento a sinais de desconforto e procurar aconselhamento veterinário para tratamentos adequados”, reforça o médico veterinário.

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 Para lidar com estas mudanças e tornar o inverno o mais confortável possível, os cuidadores podem adotar algumas medidas extras:

1. Proporcionar áreas quentes e confortáveis para os animais dormirem, longe de correntes de ar;

2. Embora com o frio haja tendência para uma redução dos passeios, é essencial mantê-los ativos com brincadeiras dentro de casa ou caminhadas em horários mais quentes do dia;

3. Ajustar a alimentação de acordo com a atividade física, garantindo que os animais recebem calorias suficientes para o gasto energético;

4. Verificar se a pele e as patas não estão ressecadas e estar atento a possíveis sinais de dor nas articulações.

Imagem de abertura do artigo cedida por Freepik