As campanhas de PPR
Escrevemos recentemente um artigo sobre “Cuidado com as campanhas de PPR”, campanhas sempre presentes nesta altura do ano e que se destinam a captar as poupanças das famílias. A âncora de marketing é o aproveitamento de benefícios fiscais, numa mensagem de urgência, porque o prazo está a acabar. Estas campanhas fazem com que muitas pessoas escolham produtos que não sejam adequados ao seu perfil ou que têm pouca qualidade.
Fazemos referência ao grande aumento da subscrição de PPR nesta altura pois, de facto, existe bastante dinheiro disponível para tal. Aliás, vemos os dados mais recentes que apontam para uma grande subida da taxa de poupança das famílias em 2024. Por isso, com grande probabilidade, existirá possibilidade para avançar para as próximas sugestões.
Dica: Estude o retorno e o risco do seu PPR atual e veja se não existem alternativas mais interessantes no mercado. Pode sempre transferir o PPR para um melhor.
Porque não…
Porque não antecipar algumas das típicas resoluções de Ano Novo? É certo que estas, tipicamente, são feitas mais para o final do ano, e envolvem poupar mais, cortas despesas, fazer uma poupança para uma viagem, perder peso e outros que tais. Infelizmente, todos os anos renovamos as mesmas resoluções, porque nunca as atingimos, talvez porque não tenhamos uma estratégia pensada para o efeito. Será?
Dica: Veja se tem uma ou mais contas bancárias que não utiliza e resolva fechá-la(s). De facto, uma conta bancária que não utilizamos tem custos associados, nomeadamente comissões de manutenção e juros do descoberto bancário que vamos acumulando todos os meses.
Poupança para emergências
O primeiro passo a seguir consiste em garantir que tem poupanças para emergências. Foque-se em conseguir pelo menos 1.000€ poupados nesta conta. Depois de atingido esse objetivo, deve focar-se no próximo. Tenha em mente que muitos problemas financeiros surgem por não termos este dinheiro de parte. Logo, se os queremos evitar, devemos poupar.
Acabar com dívidas de curto prazo
O segundo destino a dar ao dinheiro é acabar com as dívidas de curto prazo. Foque-se primeiro no descoberto da conta ordenado (se puder, cancele) e depois nos cartões de crédito. Estes créditos têm taxas de juro muito elevadas e são bastante penalizadores nos nossos orçamentos familiares.
Dica: Se tem vários créditos de curto prazo, opte pela consolidação de créditos. Se tem cartões de crédito, estude as taxas de juro de cada um e negoceie com a financeira para baixá-las.
Invista
O último passo é investir. Invista parte do subsídio de Natal numa aplicação com risco, qualquer que seja a que mais goste. Para tal, deve estudar um pouco sobre as diferentes possibilidades, sejam Fundos de Investimento, ETFs ou outros. Procure investir apenas naquilo que conhece e tenha sempre uma estratégia montada.
São estes 3 pequenos passos que pode seguir para aplicar o seu subsídio de Natal. A ideia, em última análise, é evitar gastar o dinheiro todo nas compras de Natal. E evitar este gasto porque sabemos que existem coisas bem mais importantes do que o consumo nesta altura.
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