É verdade, parece que o nível de felicidade de um condomínio pode ser calculado. Quem primeiro o pensou foi o rei Jigme Singye Wangchuck, que, em 1972, ao assumir o trono do reino do Butão, resolveu criar um método para medir a felicidade de seus 600 mil súbditos. Para isso, abriu o Centre for Bhutan Studies e dedicou-se à elaboração de um questionário que, literalmente, mediria a felicidade da população butanesa.
Este foi o marco zero do que viria a ser chamado de iniciativa “Gross National Happiness” ou Felicidade Interna Bruta (FIB). Ao transportar-se esta experiência para o nosso quotidiano, descobrimos que também é possível medir a felicidade dentro dos condomínios. Questões como as infraestruturas, a sustentabilidade e a saúde do prédio estão entre os temas que mais diretamente interferem no bem-estar dos condóminos.
São mais de 270 as questões que compõem o questionário butanês elaborado para medir a Felicidade Interna Bruta no reino de Butão - fazendo um paralelismo com o Condomínio, podemos definir nove pilares que sustentam a harmonia e proporcionam bem-estar entre os condóminos. Fatores que envolvem as infraestruturas, a convivência, a sustentabilidade, a saúde financeira do condomínio e a respetiva gestão, a prestação de serviços, a saúde, o lazer e a segurança estão ligados diretamente com a satisfação dos que deles dependem.
Mas para que estes nove pilares estabeleçam uma relação de bem-estar no condomínio é necessária a participação de todos. Cada condómino tem direitos e deveres para colaborar para o bem comum, devendo o administrador agir como um líder, zelando pelas estruturas física e emocional do condomínio. Assim, a gestão do administrador do condomínio depende não só das suas competências técnicas, mas também da boa vontade dos condóminos e colaboradores/prestadores de serviços para que o ciclo funcione.
Nove critérios para garantir a máxima felicidade do condomínio
Quanto maior for o equilíbrio no funcionamento destes nove itens, maiores serão os benefícios para o condomínio e condóminos. Percebamos, então, cada um destes nove pilares:
Infraestruturas – Os equipamentos que o condomínio garante (como a sala de festas, as piscinas, os parques infantis, os jardins, etc.) oferecem uma satisfação ao morador no local onde mora. O mesmo faz a manutenção preventiva da estrutura da edificação garante a sua longevidade e a valorização do património dos condóminos.
Convivência – Quanto mais harmonia existir entre os que convivem no mesmo prédio, mais as pessoas sentem o bem-estar psicológico e o desejo de continuar a conviver na mesma comunidade (neste caso, o condomínio).
Sustentabilidade – Atitudes como separar o lixo e promover a economia da água e da energia são fundamentais para o bem-estar dos condóminos. Cada vez mais as pessoas estão preocupadas com o meio ambiente e sentem necessidade de implementar medidas dentro do condomínio que contribuam efetivamente com a sustentabilidade.
Saúde financeira – Um condomínio com dívidas e com um elevado nível de incumprimentos traz preocupações e dificuldades em manter os equipamentos e as infraestruturas, originando, consequentemente, a insatisfação dos condóminos.
Gestão – A gestão levada a cabo pelo administrador do condomínio está ligada a todo o desenvolvimento dos nove pilares que sustentam a felicidade dentro do mesmo. O gestor necessita do compromisso dos condóminos para com o bom desempenho das suas funções. Como líder, ele deve desenvolver ações que estejam de acordo com as necessidades dos condóminos e escolher a melhor maneira de as executar.
Prestação de serviços – A transparência e a escolha de empresas idóneas e comprometidas para com a realização de serviços dentro do condomínio evitam aborrecimentos e trazem satisfação aos condóminos. A qualidade dos serviços prestados e o cumprimento das normas refletem-se, assim, em segurança para os condóminos.
Saúde – Um condomínio limpo, livre de pragas, com a piscina e as demais zonas comuns limpas e que possa ainda oferecer locais para a prática de atividades físicas contribui para prevenir doenças e trazer qualidade de vida aos condóminos. A saúde é um fator essencial para a felicidade de todos, mas, para isso, é importante manter também o prédio saudável.
Lazer - Áreas comuns para descanso e atividades recreativas são importantes para o bem-estar dos condóminos, já que é nestes locais que as pessoas satisfazem as suas necessidades de convívio social e de contacto com a natureza, proporcionando prazer e bem-estar.
Segurança – A segurança do condomínio é o resultado da integração entre recursos humanos, normas de procedimento e equipamentos tecnológicos. A sensação de segurança e de bem-estar no condomínio não depende só do administrador e da qualidade dos sistemas. Para isso, é necessário que as regras e os procedimentos de segurança estabelecidos no condomínio sejam respeitados por todos os membro da comunidade, condóminos e colaboradores, de modo a que segurança de todos esteja garantida.
Como se percebe, gerar e medir a felicidade do condomínio é possível e até fácil – desde que se garanta o envolvimento e o compromisso de todos! E, então, já tem tudo preparado para fazer do seu condomínio um espaço realmente feliz?
Fonte: Loja do Condomínio
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