Embora a frase “A vida é uma viagem” já esteja gasta e soe a cliché, a verdade é que a maioria parece não ter ainda entendido isso. Não é difícil de encontrar, no nosso dia a dia, pessoas que deixaram de viajar. Pessoas que ficaram agarradas a crenças, a tomar ações que perpetuam o passado, a defender valores e ideais que contrariam o princípio de viagem e movimento para a frente.
Pessoas cheias de planos, zangadas com a vida porque não os conseguiram realizar.
Pessoas que culpam outras pelas suas frustrações.
Pessoas que se esqueceram que são responsáveis pelo estado da sua energia.
Pessoas que não entenderam ainda o conceito de viagem.
Pessoas presas a objetivos que as impedem de desfrutar da viagem diária.
Pessoas que deixaram de viajar porque se amarraram a sítios, a crenças ou a outras pessoas.
Pessoas sem fé que não acreditam que viajar as levará a um patamar mais elevado e feliz.
Pessoas que condicionaram a viagem à sua rotina diária e que deixaram de ir por novos caminhos.
Ver a vida como uma viagem, implica uma postura, um mindset próprio e princípios tais como:
- Viver em movimento permanente. Ou seja, a estabilidade e a segurança são valores a rever. Reconsiderar sempre o plano feito. A cada momento da viagem novas pessoas e circunstâncias vão aparecendo com as mais diferentes propostas, mensagens e aprendizagens.
- Viver o espírito de desapego. Tal como viajamos para lugares e hotéis, há que desfrutar e aprender com as experiências e convívios que vamos encontrando pelo caminho. Importante é o que vamos sentindo dentro e não tanto o que acumulamos fora.
- Estar permanentemente fora da zona de conforto. Seria ridículo fecharmo-nos num hotel com medo de visitarmos os lugares onde nunca estivemos. Energias inteligentes guiam-nos e alertam-nos sempre que estamos em movimento, confia nelas!
- Reconhecer os caminhos diferentes que cada um está a fazer. Como diz o ditado; “todos os caminhos vão dar a Roma”. Cumpramos o nosso e respeitemos os caminhos, aprendizagens e propostas diferentes dos outros.
- Reconhecer as sincronias da vida: aqueles pequenos e discretos sinais que só nós podemos descodificar e que nos vão dando pistas das curvas e contracurvas que teremos que fazer para cumprirmos o nosso caminho.
- Em estado de viagem há sempre o antes e o depois. De onde viemos e para onde vamos. Sem estas duas coordenadas, perdemos o verdadeiro sentido de aqui e agora e deixamos de compreender as energias que atraímos.
- Viagem = movimento. Movimento = deixar ir o velho e viver sempre aberto para o novo. Sem este conceito perdemos o estado de movimento, estagnamos, resistimos, deixamos de crescer e começamos a apodrecer no mesmo lugar, em zonas de profundo desconforto.
- Muito mais do que ser uma viagem física por terras, pessoas e culturas diferentes da nossa, a Viagem é espiritual, é sagrada, é interna. É a viagem de quem um dia fomos, rumo a uma mais elevada versão de nós próprios; quem um dia poderemos vir a ser.
- Viagem implica são só movimento, mas principalmente movimento para a frente. Não é raro ver pessoas em permanente movimento para trás, remoendo o seu passado, preso a ressentimentos do que um dia aconteceu, apegados a pessoas que já não fazem parte. Por isso viajar é criar oportunidade de novas pessoas, novas emoções, novas aprendizagens.
- Viajar não significa apenas passaporte, aviões ou comboios. Antes de mais é a viagem interior de quem fomos para quem queremos ser que pode acontecer dentro de uma empresa, numa relação, na conquista de um novo patamar, através de uma amizade, num curso de desenvolvimento pessoal ou ida a Bali num grupo turístico.
- Viajar implica observar e aprender com quem nos vamos cruzando, aceitar as diferenças dos outros e aproveitar a presença dos outros para nos conhecermos melhor a nós próprios.
- Viajar implica sempre leveza de bagagem pois não levamos a casa e a família atrás. É por isso aprender a vulnerabilizar, a lidar com o imprevisto e o desconhecido, sabendo que a nossa bagagem interna na forma de coragem, intuição, sabedoria ou empatia serão as ferramentas necessárias para as curvas do dia a dia.
Independentemente das condicionantes da educação que tivemos, dos “azares” da vida, das responsabilidades diárias, viajar é um estado de espirita, é um mindset, é uma filosofia de vida que pode acontecer no aqui e no agora a começar com a forma de pensar, acreditar, agir e sentir.
Sair da negatividade e pessimismo para o otimismo.
Sair da tristeza e ressentimento para a gratidão.
Sair do isolamento para a inscrição num workshop.
Sair da auto exigência para a aceitação incondicional de quem somos.
Sair da crença de que não somos bons para a crença de que somos maravilhosamente diferentes dos outros.
Sair do que sempre comemos e arriscar algo novo.
Enfim, seria infindável esta lista e deixo ao seu critério e responsabilidade pessoal a viagem que terá que fazer. Do que em si ainda é passado para o que em si aspira a algo novo e mais feliz.
Bem hajas!
Vera Luz
Sobre a autora
Vera Luz, Autora e Terapeuta de Regressão e Orientação Espiritual. Há mais de 15 anos a relembrar a cada um o propósito por trás dos eventos da vida, a desvendar a história karmica de cada um, de maneira a vivermos conscientes e em abundância.
É autora dos livros: - “Regressão a vidas passadas” - "Do Drama para o Dharma” - "A cabeça pergunta a Alma responde” - “Acorda o Teu Poder Interior” - “Uma Nova Visão do Mundo” - “Oráculo” e das cartas: - “Tarot da Alma” - “As Cartas da Determinação” - “As Cartas da Gratidão”
Consultas: 967 988 990
Comentários