Neste guia, os leitores vão poder explorar a Lisboa que testemunhou a transição para a democracia, revisitando locais icónicos que ao longo de cinco décadas sobreviveram ao teste do tempo, bem como aqueles que marcaram o tecido social e cultural da época. Desde restaurantes e cafés, hotéis, passando por cinemas, teatros ou lojas, cada página deste livro é um convite para uma viagem no tempo, num testemunho para as novas gerações, daquilo que, hoje, só conhece pelos livros, mas que ainda é vivo na cidade.
Para Sandra Nobre, storyteller: “O guia nasceu com o objetivo de preservar a memória de uma época que revolucionou a sociedade portuguesa a partir dos testemunhos de quem viveu esses dias de Abril, para que continue viva a História e para que as novas gerações entendam o valor da liberdade. Fomos ao encontro de quem viveu o período pré e pós-revolução, vasculhámos entre papéis e livros para recuperar uma época em que Portugal abraçou a mudança, a partir de episódios do quotidiano e curiosidades. Procurei histórias dentro da História e o resultado é um retrato do estilo de vida dos anos 70 do século XX".
A fotógrafa Clara Azevedo salienta: “Meio século de vida em Liberdade deve ser um motivo para festejar sempre. O guia 50 Cravos Depois – Pela Lisboa de Abril foi uma ideia espontânea para celebrar Abril. Recuperar em imagens e histórias os lugares frequentados pelos lisboetas há 50 anos e descobrir os lugares que ainda existem e preservaram a sua identidade até aos dias de hoje. Fotografei lugares e pessoas, testemunhos e memórias da História que agora celebramos".
O guia conta com os relatos e testemunhos de personalidades de diferentes áreas, que vivenciaram o nascimento da democracia portuguesa. Júlio Isidro, Filipe La Féria, Maria Teresa Horta, Paulo de Carvalho, Ana Salazar, Maria Antónia Palla, entre outros, partilham as suas vivências e recordações.
O livro encontra-se disponível nas 18 bibliotecas municipais de Lisboa, onde poderá ser requisitado de forma gratuita.
Sandra Nobre, jornalista, passou pela rádio, pela televisão, pela imprensa. Aí, ganhou o prémio “Mulher Reportagem 2001 Maria Lamas”, de direitos das mulheres, ou outro de Direitos Humanos, da Comissão Nacional da UNESCO, em 2009. Em 2013, fundou o projeto Short Stories de livros personalizados.
Clara Azevedo viveu no Brasil, Madagáscar, Bolívia e Paquistão. De regresso a Portugal, soube que não iria à escola no dia 25 de abril de 1974. O seu percurso foi feito em Liberdade, escolheu o fotojornalismo e a fotografia documental, como forma de preservar memórias. Esteve oito anos no jornal Expresso, e foi fotógrafa oficial do primeiro-ministro António Costa. Os seus projetos deram origem a 14 livros. Está representada em coleções públicas e particulares.
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