A socióloga Joanna Sikora da Universidade Nacional da Austrália publicou recentemente o estudo “Scholarly culture: How books in adolescence enhance adult literacy, numeracy and technology skills in 31 societies” (Cultura Académica: como os livros na adolescência melhoram a literária, numeraria e capacidades tecnológicas na vida adulta em 31 sociedades).
Neste estudo a Dra. Joanna Sikora analisou as respostas de 160.000 adultos de 31 países diferentes, com idades entre os 25 e os 65 anos, a perguntas sobre a sua educação, especificamente sobre a quantidade de livros que tinham em sua casa aos 16 anos.
Supondo que um metro de estante tem capacidade para uns 40 livros, a resposta média foi de 115 livros. Com estes dados, a socióloga concluiu que os adolescentes com menos de 80 livros em casa tinham níveis de alfabetização e aritmética abaixo da média, na idade adulta.
Mais surpreendente ainda foi a conclusão de que adolescentes sem um título universitário mas com uma grande biblioteca em casa normalmente têm tanto conhecimento, capacidade matemática e aptidão tecnológica na idade adulta como aqueles que efetivamente concluíram o ensino universitário mas cresceram rodeados de poucos livros.
Sikora destaca assim a importância de ter materiais de leitura em casa e a influência que a exposição a esse ambiente pode ter nos primeiros anos de vida, orientando as crianças na direção do sucesso escolar, bem como da realização profissional e construção da carreira enquanto adultos.
Precisava de uma boa desculpa para comprar mais livros? Aqui a tem. E da próxima vez que ficar aborrecido pela trabalheira que dá limpar as estantes de livros lá de casa, lembre-se deste artigo.
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