Em Portugal, morreram até agora, oficialmente, com COVID-19, 14.158 pessoas. A Grécia, um dos países da União Europeia com uma população semelhante à nossa, contabiliza pouco mais de um terço, 5.972. As autoridades do país esperam voltar a acolher turistas sem restrições já no próximo verão e defendem a criação de um passaporte sanitário que permita normalizar o setor, que representa mais de 20% do produto interno bruto (PIB) grego. Em 2020, a quebra nas receitas ultrapassou os 70%.
Tal com em muitos outros locais do mundo, foram inúmeras as agências de viagem e hotéis, bares e restaurantes a fechar portas, pelo que, sobretudo nas ilhas Cíclades, os que resistiram à pandemia já preparam afincadamente a nova temporada. As autoridades do país, cientes da importância do turismo para a economia grega, têm apostado numa vacinação maciça. "A chave do sucesso da [próxima] temporada depende do número de vacinas que forem administradas", considera Giannis Giannakakis. "Se as populações forem vacinadas, os voos internacionais poderão ser retomados", acredita o diretor da empresa Athens Walking Tours.
"Estamos dispostos a tudo para salvar a próxima época, que é vital para nós", sublinha. Na União Europeia, a criação de um certificado sanitário não é consensual. A Suécia e a Dinamarca estão a desenvolver um mas países como a França consideram-no prematuro. A Grécia admite criar filas prioritárias para os turistas vacinados que cheguem aos aeroportos. Hoje, dia 8, o primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis, desloca-se ao Chipre e a Israel para assinar um acordo que facilite a entrada de turistas destes países.
Comentários