Nascido em Pilar, na freguesia de Fiscal, em Amares, a 3 de dezembro de 1944, António Joaquim Rodrigues Ribeiro, ficaria, anos mais tarde, conhecido como António Variações. O barbeiro, cantor e compositor autodidata, que morreu a 13 de junho de 1984 com 39 anos, foi, nas últimas horas, elogiado pelo The Guardian. "Renasceu como um ícone 35 anos após a sua morte", escreveu o jornal britânico, num artigo dedicado ao intérprete de sucessos como "Canção de engate", "O corpo é que paga" e "Anjo da guarda".
"António Variações foi o primeiro ícone gay de Portugal, tendo chocado o país no período de letargia pós-revolucionário depois de 41 anos de fascismo", escreve Pedro João Santos. Apesar de ter emigrado para Londres, como recorda o artigo, foi em Amesterdão, que o barbeiro descobriu os bares de homossexuais e os quartos escuros que lhe proporcionaram as vivências alternativas que lhe moldaram a personalidade. "Eu adoro o som das tesouras mas nada bate o de uma guitarra ou de um violino", referiu.
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