Sean 'Diddy' Combs foi detido em setembro e acusado de conspiração de crime organizado, extorsão e de duas acusações de tráfico sexual, que envolviam as ex-namoradas Cassie Ventura e 'Jane' (pseudónimo).

O músico foi absolvido no mês passado das principais acusações, que tinham pena mais gravosa, de prisão perpétua, e condenado por duas acusações referentes a um crime de prostituição, incluindo transporte com intenção de promover prostituição, pena pode levar até 10 anos de prisão.

Existem normas federais complexas para o cálculo das sentenças em qualquer caso específico, e os procuradores e advogados de Sean Combs discordam sobre a forma como as diretrizes se aplicam ao caso. As normas não são obrigatórias, e o juiz Arun Subramanian tem liberdade para decidir a punição do rapper.

Sean 'Diddy' Combs, fundador da Bad Boy Records, tem 55 anos e foi durante décadas uma figura multifacetada na cultura hip hop.

Os procuradores dizem que Sean Combs é suspeito de usar a sua fama, riqueza e violência para obrigar e manipular duas ex-namoradas a fazerem atos sexuais sob o efeito de drogas que duravam dias, a que chamava "surtos" ou "noites em hotéis".

Sobre estes crimes, a defesa de Sean Combs argumentava que as mulheres participavam de livre vontade e que nenhuma da alegada violência justificava a gravidade das acusações.

A defesa do músico reconheceu que o suspeito tinha explosões de violência, indicando que nada do que fez se equiparava aos crimes pelos quais foi acusado.

Desde o veredicto, os advogados de Sean Combs têm renovado repetidamente os esforços para o libertar sob fiança, até à leitura da sentença, marcada para outubro.

A mais recente proposta da defesa incluía uma garantia de 50 milhões de dólares (cerca de 43 milhões de euros) e restrições de viagem, tendo sido manifestada abertura para adicionar prisão domiciliária na sua casa em Miami, com monitorização eletrónica e segurança privada, entre outros requisitos.

Os procuradores opuseram-se à libertação de Sean Combs, afirmando que o seu "extenso historial de violência e a tentativa contínua de minimizar a sua conduta violenta recente demonstram a sua perigosidade" e que "não é passível de supervisão".

O juiz que vai determinar a pena de Sean Combs sugeriu o dia 03 de outubro como data para a leitura da sentença, mas um pedido da defesa para que a sessão fosse feita antes levou-o a agendar uma audiência 'online' para terça-feira sobre o assunto.

Sean Combs, que não testemunhou em tribunal, tinha-se declarado inocente das acusações de gerir o seu império empresarial como uma empresa de extorsão, alegadamente utilizando empregados para permitir e ocultar o abuso sexual e físico de mulheres ao longo de duas décadas, segundo agência noticiosa Associated Press (AP).

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