Dua Lipa está desiludida com as redes sociais e, na entrevista que deu à edição de abril da conceituada revista feminina Vogue Australia, assume-o com todas as letras. "Eu cresci com elas e sempre foram divertidas mas, a partir de determinada altura, tornou-se difícil [lidar com as críticas]. Senti-me desapoiada", confidencia a cantora, compositora e modelo inglesa de ascendência albanesa de 24 anos, que acaba de lançar o seu aguardado segundo álbum, "Future nostalgia".

Na fase em que o estava a compor, fez uma desintoxicação das redes sociais. "Se isso não tivesse acontecido, muito provavelmente entraria no ciclo vicioso de tentar recriar sempre as mesmas coisas", revela Dua Lipa. Durante esse período, a intérprete de "Scared to be lonely" aproveitou para pensar nos impactos que as redes sociais têm na vida e nas expetativas das mulheres e também não gostou do que constatou. "As palavras afetam as pessoas", justifica.

"Temos de descobrir uma forma de sermos mais simpáticos uns para os outros, em vez de nos estarmos sempre a mandar abaixo. Eu não pretendo com isto, de maneira nenhuma, que as pessoas passem a ser mais simpáticas comigo. Mas acho que deveríamos criar ambientes mais seguros para toda a gente. Estamos a perder a noção da empatia, da compaixão e da bondade", critica a artista, que criou com o pai a fundação Sunny Hill Foundation.

Sediada em Pristina, no Kosovo, a organização pretende facilitar o acesso de adolescentes que vivem em famílias com poucos recursos à cultura. "Vamos abrir lá um centro de artes e inovação ainda este ano e temos três jovens artistas kosovares a frequentar uma escola artística em Los Angeles com uma bolsa de estudo que lhes atribuímos. A música é o meu amor maior mas eu quero continuar a desenvolver este tipo de iniciativas", admite Dua Lipa.