Harvey Weinstein está preso desde 2017 por vários crimes de abuso sexual. O ex-produtor de Hollywood, que sofre de leucemia, implorou esta quarta-feira, 29 de janeiro, para que a justiça norte-americana o tire da prisão antes de enfrentar um novo julgamento em abril por agressão sexual.

"Não aguento mais. Resisto porque quero justiça e seguir em frente", afirmou Weinstein, de acordo com um jornalista da France-Presse.

O seu segundo julgamento está marcado para o dia 15 de abril e o ex-produtor de filme norte-americanos tem-se queixado das "condições medievais" da prisão de Rikers Island, em Nova Iorque, onde está alocado.

Além disso, o fundador dos estúdios Miramax também pediu ao tribunal de Manhattan par que o seu julgamento comece "o quanto antes", como já tinha sido relatado pelo Fama ao Minuto, já que "cada semana conta". O juiz respondeu que irá avaliar este pedido.

Este julgamento deveria ter começado em novembro, mas Weinstein voltou a ser acusado em Manhattan por outro caso de agressão sexual ocorrido em 2006, do qual se declarou inocente.

Weinstein, de 72 anos, está a receber tratamento para vários problemas de saúde, incluindo leucemia mieloide crónica, problemas cardíacos e diabetes. Queixou-se ao juiz Curtis Farber de que os funcionários da prisão lhe deram os comprimidos errados na quarta-feira de manhã e não o foram buscar a tempo para se apresentar em tribunal.

Recorde-se que mais de 80 mulheres acusaram Harvey Weinstein de assédio, agressão sexual ou violação, incluindo Angelina Jolie, Gwyneth Paltrow e Ashley Judd. Ele afirma que as relações foram consentidas.

As acusações contra Weinstein ajudaram a lançar o movimento #MeToo em 2017, considerado um momento decisivo para a luta das mulheres contra o abuso sexual no trabalho.

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