Nascido em Manhattan, em Nova Iorque, nos EUA, a 26 de maio de 1964, o cantor, compositor, músico, ator e produtor discográfico Lenny Kravitz, que acaba de adiar o concerto que tinha agendado para 25 de junho na Altice Arena, em Lisboa, faz hoje 56 anos. "Estava tão ansioso por tocar e celebrar a vida convosco mas, neste momento, o mais importante é que todos vocês, assim como a minha banda e a minha equipa, estejamos seguros e saudáveis", escreveu o artista numa publicação nas redes sociais.
A atuação serviria para promover "Raise vibration", o último álbum de originais, lançado em 2018, que integra o single "Low", com a participação póstuma de Michael Jackson. Apesar do sucesso que viria a alcançar ao longo da carreira de mais de duas décadas, os primeiros anos de luta foram tudo menos fáceis. Fruto de um casamento inter-racial que acabaria depois em divórcio, viu, no fim da década de 1980, muitas editoras discográficas fecharem-lhe as portas. Para umas, a sua música, uma mistura de rock, blues, soul, funk, jazz, reggae, pop e folk, "não era suficientemente branca". Para as outras, "não era suficientemente negra", como ouviu.
Em 1998, convidou Stephen Elvis Smith, que já tinha trabalhado com a sua mãe e com a atriz Lisa Bonet, com quem viria a casar, para ser seu empresário. Menos de um mês depois, já tinha cinco editoras interessadas nele. Depois do lançamento do primeiro disco, o êxito foi imediato. Em mais duas décadas, gravou 11 álbuns, lançou 58 singles e vendeu 40 milhões de discos. "Eu não estou a tentar mudar o mundo. Apenas ofereço o dom que Deus me deu e, se com isso toco alguém, esse sentimento é lindo", desabafa.
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