
Foi em março de 2022 que a família de Bruce Willis revelou que o ator tinha sido diagnosticado com afasia e que por este motivo iria afastar-se do mundo da representação. Mais tarde, o artista recebeu outro diagnóstico, demência frontotemporal.
Numa entrevista com Diane Sawyer, intitulada 'Emma & Bruce Willis: The Unexpected Journey', que foi para o ar na terça-feira, dia 26 de agosto, a mulher do ator, Emma Heming Willis, falou sobre como a sua vida mudou desde que Bruce, de 70 anos, recebeu o diagnóstico.
"O Bruce está de boa saúde, no geral. É só o cérebro que está a falhar", comentou Emma em conversa com Diane Sawyer, segundo a ABC News.
"A fala está a mudar e nós aprendemos a adaptar-nos. E temos uma maneira de comunicar com ele que é diferente", acrescentou.
Mas apesar de dizer que o "cérebro está a falhar", Emma sente que o ator a reconhece. "Sei que sim. Quando estamos com ele... ele ilumina-se", explicou, acrescentando que o marido mantém uma ligação muito grande com as cinco filhas.
O casal tem em comum as pequenas Mabel, de 13 anos, e Evelyn, de 11. Bruce Willis é ainda pai de Rumer Glenn Willis, de 37 anos, Scout LaRue Willis, de 34, e Tallulah Belle Willis, de 31, fruto do casamento anterior com Demi Moore.
"Ele segura nas nossas mãos. Beija-nos. Abraçamo-nos. Ele retribui. Ele gosta", partilhou. "E é só disso que preciso. Não preciso que ele saiba que sou a mulher dele, que nos casamos em tal dia. Não preciso de nada disso. Só quero sentir que tenho uma conexão com ele. E tenho", desabafou ainda.
Recuando aos primeiros sinais da doença de Bruce Willis, Emma recordou que se manifestaram na mudança da personalidade do ator. "Para alguém que falava muito, que se envolvia, ele estava um pouco mais parado. E quando a família se juntava, ele simplesmente ficava um pouco 'derretido'."
Emma lembra ainda que o ator se tornou "indiferente" e que se "afastou". "Ele estava um pouco distante, frio, diferente do Bruce, que era muito caloroso e carinhoso. Fazia o oposto disso e era alarmante e assustador. Não percebia o que estava a acontecer e pensava: 'Como é que posso continuar num casamento que não se parece com o que tínhamos?'", confessou.
Mas não ficou por aqui e contou que no trabalho o ator também começou a ter dificuldades, como "perder as falas" ou "às vezes parecer confuso e ninguém sabia o porquê."
E depois de ter recebido o diagnóstico, Emma foi informada que a doença não tem cura e que não havia nada a fazer. "Sair de lá sem... nada. Com um diagnóstico que eu não conseguia pronunciar. Não percebia o que era. Fiquei em pânico. Só me lembro de ouvir [aquilo] e não ouvir mais nada. Era como se estivesse em queda livre."
As filhas mais novas do ator ficaram desde logo a par da doença do pai. "Sempre fui muito aberta com as meninas. Nunca quis que pensassem que ele não estava a dar-lhes atenção. Foi um alívio. Do género: 'Ok, agora percebemos realmente o que está a acontecer'".
Nesse momento, a família optou por se 'isolar' mais, pois perceberam que o barulho pode causar agitação. E Emma viu-se obrigada a tomar "uma das decisões mais difíceis". Levou o marido para uma segunda casa térrea, onde pode receber cuidados 24 horas por dia. Emma faz questão de tomar o pequeno-almoço com o marido e janta com ele todos os dias.
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