A princesa Margarida terá nascido com Síndrome Alcoólica Fetal, revela uma nova biografia sobre a irmã da rainha Isabel II (e tia do rei Carlos III).

Segundo o jornal britânico The Telegraph, no livro 'Princess Margaret and the Curse: An Inquiry into a Royal Life ('Princesa Margarida e a Maldição: Uma investigação pela Vida Real', numa tradução livre), a autora Meryle Secrest relaciona esta síndrome com o consumo de álcool da mãe de Margarida, a Rainha Mãe, que era habitual.

Para a escritora, a irmã mais nova da rainha Isabel II sofria de uma "incapacidade invisível" devido a esta condição, que não só influenciou a sua personalidade, como afetou a sua vida. A mesma nunca terá sido devidamente diagnosticada.

Princesa Margarida, irmã da rainha Isabel II em 1960© Getty Images

É referido que embora a princesa Margarida não tivesse as características faciais típicas da Síndrome Alcoólica Fetal, apresentava outros sintomas, como alterações de humor, estatura pequena, dificuldades de aprendizagem e enxaquecas.

Vale notar que a Rainha Mãe sempre gostou de beber em eventos sociais, não tendo consciência da influência que este hábito poderia ter nas gravidezes. O consumo de álcool, inclusive, terá sido frequente na gravidez das filhas, a rainha Isabel II e a princesa Margarida.

A princesa Margarida, recorde-se, nasceu em 1930, e é fruto do casamento da Rainha Mãe, também conhecida como duquesa de York, com o rei George VI.

Secrest - que já foi nomeada para um Prémio Pulitzer - faz questão de sublinhar que os mesmos sintomas não foram percebidos na mãe do rei Carlos III.

Margarida morreu em 2002, aos 71 anos, após uma série de problemas de saúde, incluindo vários AVC. A irmã da soberana desfrutou de uma vida preenchida - sem contar com os vários amores e desamores - que contrastava com a da irmã.

Em 1960 esta casou com o fotógrafo Anthony Armstrong-Jones. A relação chegou ao fim em 1974 (com o divórcio a ser finalizado em 1978) após alegadas traições de ambas as partes.

Princesa Margarida no dia do seu casamento com o fotógrafo Anthony Armstrong-Jones© Getty Images

O que é a Síndrome Alcoólica Fetal?

Segundo o Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa, as Perturbações do Espectro da Síndrome Alcoólica Fetal (PESAF) incluem a Síndrome Alcoólica Fetal e surgem do consumo de álcool durante a gravidez.

No que diz respeito às características físicas desta condição incluem-se a fenda palpebral estreita, apagamento do sulco nasolabial e lábio superior fino. O diagnóstico pode também afetar o crescimento do bebé.

A nível cerebral pode gerar convulsões, perturbações no desempenho intelectual, aprendizagem, memória, autorregulação do humor, comportamento, atenção, impulsos, bem como nas funções adaptativas de comunicação, interação social, competências da vida diária e motoras.

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