O processo dura há mais de 30 anos e promete continuar a arrastar-se depois de um novo volte-face. No dia 10 de julho do ano passado, Javier Santos, o filho que a portuguesa Maria Edite Santos alega ter tido durante um breve romance com Julio Iglesias, viu, finalmente, aos 43 anos, o coletivo de juízes do tribunal provincial de Valência, em Espanha, reconhecer publicamente que era filho do popular cantor espanhol. O artista de 76 anos interpôs recurso.
O resultado da audiência provincial, conhecido ontem, reverte a decisão anterior. Os magistrados que reanalisaram o caso consideram que o processo já tinha sido julgado anteriormente, sendo numa fase inicial favorável a Julio Iglesias, que sempre se recusou a fazer os testes de ADN exigidos pelas autoridades, pelo que não confirmam o último veredito. Em declarações à revista Semana, Maria Edite Santos já reagiu à decisão. "Estou fula e muito indignada", confidencia.
"Estou sem palavras para descrever o que está a acontecer. Em Espanha, não há justiça", critica a ex-bailarina, que promete não baixar os braços. "As coisas não vão ficar assim", garante. O filho, Javier Santos, apanhado de surpresa, não se conforma. "Ele está muito triste e aborrecido. Não têm o direito de lhe fazer isto", lamenta Maria Edite Santos. "Há provas que confirmam a paternidade. Agora, de um momento para o outro, deixaram de ser válidas?", interroga-se a portuguesa.
Javier Santos apresentou em tribunal os resultados de um teste de ADN, realizados a partir de uma amostra de Julio José Iglesias Preysler Junior, o segundo filho que o cantor teve com a socialite filipina Isabel Preysler. Obtida por um detetive privado, garantia existir uma probabilidade de serem irmãos na casa dos 97%. Uma percentagem que antes foi valorizada e agora ignorada. "A justiça não pode ir contra a ciência", critica Fernando Osuna, advogado de Javier Santos.
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