É normal que o seu filho chegue a casa um dia a queixar-se de alguém que lhe bateu, mordeu, empurrou, etc... e nessa altura, provavelmente, vai ter vontade de lhe dizer que devia ter batido no outro ou que se devia ter defendido de outra forma, mas há atitudes que não acrescentarão valor na formação dos seus filhos a tornarem-se adultos. Os pais não devem permitir que a angústia e impotência face ao que se pode tornar um problema ganhe terreno. É necessário que se crie um ambiente pacífico e pessoas capazes de resolver os seus problemas através da argumentação e habilidades sociais, afim de evitar modelos agressivos de ação-reação. Assim, leia algumas das que são as atitudes contra e a favor.

Contra
Olho por olho – incentivar que o seu filho deve bater em alguém que lhe bateu até pode impedir que este volte a fazer, mas não o está a ensinar a defender;
Ir pedir satisfações aos pais da criança que bateu na sua – não só pode fomentar futuras desavenças e mau estar com os outros pais, como não ensina o seu filho a conversar sobre o assunto;
Ameaçar o seu próprio filho – há pais que adotam a postura de “se apanhares lá fora, apanhas em casa” achando que os estão a incentivar a serem mais fortes quando na verdade só irão provocar um clima de medo, ou seja, é suposto os pais serem um porto de abrigo, uma orientação. Não vale a pena eles ficarem com mais medo do que têm em casa do que na rua, já para não falar que pode correr o risco de a criança achar que os pais não gostam dele por não ser violento.

Favor
Autoestima – é de extrema importância que trabalhe a do seu filho. Quando são confiantes e seguros, a tendência é que expressem melhor o que lhes desagrada. Facilite a comunicação, uma vez que vai ajudar a criança a expandir a sua perceção do outro. Não obstante, quando as crianças são mais seguras de si são capazes de se defender usando um tom de voz firme, evitando a agressão e mantendo-se firmes naquilo que acreditam;
Não agrida – bater, gritar, humilhar ou silenciar a opinião do seu filho vai dar a entender que são procedimentos normais fora de casa. Se faz em casa...;
Conversar – basicamente é tentar a via pacífica, um acordo de paz. Vá com o seu filho ter com a outra criança perguntar calmamente a razão e faça ver que se fosse ao contrário também não iria gostar. Tentar elucidar face ao “não faças aos outros aquilo que não gostas que te façam”. Caso este caminho não funcione, explique ao seu filho que nem todos se regem pelos mesmos padrões e educação e que ele se pode afastar de quem o agride. Não proíba o seu filho de estar com ele, a não ser que as agressões sejam graves, pois só assim ele irá aprender a resolver os seus próprios problemas;
Consolar – face ao ponto acima e caso o seu filho fique triste com a situação, não ignore a mesma. Mostre que entende o porquê e explique que ele tem outros amigos que o tratam bem e que é melhor conviver com pessoas que nos respeitam.