A criopreservação de células estaminais é uma técnica de conservação que permite guardar durante 20 ou 25 anos as células estaminais do sangue do cordão umbilical, explica Isabel Alcobia, investigadora do Instituto de Histologia e Biologia do Desenvolvimento, da Faculdade de Medicina de Lisboa.
Segunda a investigadora, as células estaminais são células indiferenciadas que possuem simultaneamente duas propriedades únicas: a capacidade de se autorrenovarem, porque, ao dividirem-se, originam uma célula igual a si própria; e a capacidade de se diferenciarem em vários tipos celulares, por exemplo, em células musculares, do sangue e da pele.
Como explica Isabel Alcobia, estas células são conhecidas pelo seu potencial regenerativo e terapêutico em diversas situações patológicas.
Etapas da criopreservação
O isolamento e a preservação de células estaminais é uma prática comum, quer na investigação científica básica ou aplicada, quer na prática clínica.
O desenvolvimento de protocolos de preservação para um determinado tipo celular requer algumas especificações, nomeadamente a designada criopreservação.
«É um processo de preservação de células ou tecidos por congelamento a temperaturas muito baixas que obedece a condições específicas nas suas várias etapas», refere a investigadora Isabel Alcobia, explicando que as etapas têm como objetivo final obter e manter viável o maior número possível de células estaminais para uma futura aplicação biomédica.
São elas:
- O isolamento e separação dos vários tipos de células;
- A colocação das células isoladas na solução de criopreservação;
- A utilização de protocolos de criopreservação adequados para cada tipo de células isoladas;
- O armazenamento apropriado e controlado (temperatura e duração);
- A utilização de protocolos de descongelação adequados para cada tipo celular criopreservado;
- De protocolos específicos para a manutenção e expansão das células inicialmente criopreservadas.
Texto: Ana Margarida Marques
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