"A Escola Azul é um bom projeto que atinge objetivos e em que é preciso investir e que é preciso continuar a disseminar não só em termos de número de escolas envolvidas - pretendemos atingir 200 escolas em 2020 - mas nas abordagens da economia azul que devem ser feitas", afirmou Ana Paula Vitorino.
A ministra do Mar, que falava aos jornalistas na biblioteca de Viana do Castelo, no final de um 'workshop' intitulado "Estratégia Nacional do Mar 2020-2030: Educação e Literacia do Oceano", adiantou que "além do que está a ser feito nas escolas, com a parceria dos municípios", o objetivo passa por "aumentar a participação das empresas, apelando ao seu sentido cívico e de cidadania".
"É necessário robustecer o projeto e ir mais longe para que as pessoas conheçam como devem proceder para respeitar os oceanos, mas também quais são as oportunidades que podem esperar deles", reforçou.
Para Ana Paula Vitorino, o concelho de Viana do Castelo tem sido "um bom estudo de caso", nesta área.
"Quando queremos procurar bons exemplos do que está a ser feito na área do mar, dizemos Viana do Castelo. Estão a fazer a literacia do mar através das escolas que aderiram à Escola Azul, através do programa Náutica nas Escolas, entre outras ações", referiu.
O programa Escola Azul, projeto nacional de literacia do oceano, foi lançado pela ministra do Mar, em fevereiro de 2018, para reforçar a ligação do setor do mar às escolas, contribuindo para a criação de gerações mais conscientes da importância do mar.
Com 31 entidades parceiras, o projeto, "mais do que promover uma relação mais forte entre os jovens e o oceano, quer dar-lhes a conhecer as possibilidades que existem no mar em termos de carreiras profissionais".
Para se tornar Escola Azul, as instituições devem desenvolver projetos sobre o oceano, integrar alunos de diferentes idades, envolver diferentes disciplinas, responsabilizar alunos e professores e interagir com o setor do mar.
Além de promover uma maior responsabilidade pessoal em relação ao mar, o Escola Azul quer distinguir, estimular e apoiar as escolas portuguesas a trabalhar temas ligados ao oceano, integrar numa estratégia única e concertada os diferentes projetos e ações de literacia do oceano e reforçar a intervenção entre o setor e a comunidade escolar.
Colocar o tema na agenda dos decisores políticos, ativar sinergias entre a comunidade educativa e as diferentes partes interessadas ligadas ao mar e delinear estratégias educativas harmonizadas são outros dos propósitos do programa.
A coordenação do projeto está a cargo da Direção-Geral de Política do Mar e conta com a coordenação científica e de cooperação assegurada pela Ciência Viva.
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