Em resposta à agência Lusa, o Comando Metropolitano de Lisboa (Cometlis) explicou que os factos ocorreram na semana passada, no dia 04 de maio, cerca das 17:00, quando quatro alunas se envolveram em desacatos dentro do estabelecimento de ensino.
“Foi possível apurar que são coisas que já vêm de trás, já havia inimizade entre elas”, realçou fonte do Cometlis, adiantando que cada uma das estudantes contou “uma versão relativamente à lesão” da vítima.
As suspeitas de 15 e 17 anos, segundo a PSP, afirmaram que as “unhas eram muito grandes” e terão caído durante os confrontos, enquanto a ofendida disse que foram “arrancadas”.
De acordo com o Cometlis, a jovem recebeu tratamento hospitalar no Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca (Amadora-Sintra), por volta das 20:00, tendo recebido alta às 22:30, no dia em que ocorreram os factos.
“Nós fizemos o auto [de notícia]. O auto será encaminhado para tribunal, mas, se houver uma denúncia, será da parte dos pais da jovem e a escola irá fazer a sua parte”, acrescentou a PSP.
A agressão da jovem nesta escola da Amadora por colegas foi noticiada na edição de hoje do Correio da Manhã, que adiantava que uma das agressoras já foi suspensa.
À Lusa, a direção do Agrupamento de Escolas Amadora Oeste disse que a aluna do Curso de Educação e Formação (CEF) de Apoio Familiar e à Comunidade foi atirada ao chão por uma colega “por razões fúteis”, após “uma troca de palavras sobre uns ténis fora da escola”.
“Naquele dia [04 de maio], encontraram-se e foi um ‘bate-boca’ que culminou com uma agressão. […] A aluna agredida foi atirada ao chão, mas como usava umas unhas postiças com um comprimento bastante exagerado, cerca de quatro/cinco centímetros, na queda, ao apoiar-se com as mãos, as unhas saltaram e causou ferimentos”, referiu o diretor daquele agrupamento escolar, Rui Fontinha.
Segundo Rui Fontinha, a agressora teve suspensão imediata e foi aberto um processo disciplinar, garantindo que “a aluna será severamente castigada”, podendo ser transferida para outro estabelecimento de ensino.
“Abrimos um processo disciplinar e foi nomeada uma instrutora. No próprio dia falei com o encarregado de educação da aluna agressora, comunicando-lhe que estava suspensa, enquanto estivesse a decorrer o processo disciplinar. Também suspendi mais duas alunas por incitamento à violência e por não terem impedido aquela situação”, acrescentou.
Ainda a aguardar pelo relatório da instrutora, Rui Fontinha indicou que as alunas se encontram suspensas por 12 dias.
O presidente do agrupamento lembrou ainda que nada fazia prever a agressão, porque “a escola tem andado calma”.
“Por vezes, somos surpreendidos com situações momentâneas, como um gesto ou uma palavra, que [neste caso] espoletou uma situação de violência que não era de todo esperada”, disse.
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