As conclusões constam de um estudo da Direção-Geral de Estatísticas de Educação e Ciência (DGEEC) sobre a situação dos alunos que ingressaram no 3.º ciclo no ano letivo 2018/2019.
Entre os alunos que nesse ano iniciaram o 7.º ano de escolaridade, cerca de 87% concluíram o 9.º ano no ano passado, terminando aquele ciclo nos habituais três anos. Aqueles que não o fizeram continuavam, na sua maioria, matriculados no ensino básico geral ou em cursos artísticos especializados.
De acordo com os dados da DGEEC, o sucesso dos alunos tem melhorado de forma contínua nos últimos anos (em 2014/2015, a percentagem de alunos que concluíram o 3.º ciclo no tempo esperado fixou-se em apenas 65%).
Por outro lado, a avaliação mais recente mostra que se mantêm algumas diferenças e tendências, mas muitas estão menos acentuadas, como o impacto do contexto socioeconómico.
A percentagem de conclusão no tempo esperado mantêm-se mais elevada entre os alunos que não necessitam de apoio da ação social escolar (90%), em comparação com 87% do escalão B e 74% do escalão A.
“Apesar das diferenças ainda existentes, é de destacar que, em comparação com 2014/15, os alunos do escalão A que concluíram o 3.º ciclo em três anos registaram um aumento de 28 pontos percentuais, enquanto os do escalão B tiveram um crescimento de 27 pontos percentuais, ficando no último ano letivo praticamente em linha com os valores registados para os alunos que não beneficiaram de ação social escolar”, refere o Ministério em comunicado.
Outra diferença que se tornou menos acentuada nos últimos anos é entre as escolas públicas e privadas. Ainda que a percentagem seja superior nas escolas privadas (96% em comparação com 86%), as escolas públicas melhoraram em 23 pontos percentuais desde 2014/2015.
Os dados da DGEEC revelam ainda que a probabilidade de os alunos concluírem o 3.º ciclo em três anos é significativamente maior entre os alunos mais novos. Daqueles que entraram para o 7.º ano com 13 ou menos anos, a idade normal, 92% alcançaram esse feito, conseguido apenas por 29% dos alunos com 15 ou mais anos.
Por regiões, os melhores resultados continuam a registar-se nas regiões Norte e Centro, mas o Ministério da Educação destaca “a evolução registada pelas regiões do Algarve, Alentejo e Lisboa e Vale do Tejo”, que se aproximam da média nacional”.
À semelhança da tendência anterior, são as raparigas que concluem mais o 3.º ciclo nos três anos previstos (90% face a 84% dos rapazes).
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