Nenhum ministro no cargo fez esse tipo de solicitação até hoje. Em geral, os ministros no Japão são pessoas com uma certa idade.
Shinjiro Koizumi, de 38 anos, cujo primeiro filho nascerá em breve, quer ser um modelo para a sociedade e outros países, suspendendo o seu trabalho, tanto quanto for possível, por duas semanas. Esses dias serão distribuídos ao longo dos três primeiros meses de nascimento do bebé.
"Quero tirar duas semanas no total, para além das obrigações importantes", declarou o filho do ex-primeiro ministro Junichiro Koizumi.
Os gestos e decisões de Shinjiro são acompanhados de perto pela imprensa local, já que se trata de uma estrela em ascensão na política japonesa.
O ministro explicou que não serão duas semanas consecutivas, que trabalhará de casa e que fará jornadas mais curtas para totalizar 15 dias de licença dedicados ao seu filho.
A legislação japonesa é bem mais generosa em termos de licença-maternidade e paternidade: autoriza tanto a mãe quanto o pai a fazerem uma pausa que pode ir até um ano, caso não haja vaga disponível em nenhuma creche.
Por conta do forte preconceito em relação aos homens num espaço considerado eminentemente feminino, apenas 6% dos pais tiram licença-paternidade, contra 80% das mães na população economicamente ativa.
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