“Formalmente, já se inscreveram cerca de 500 crianças e jovens no nosso sistema educativo”, indicou Tiago Brandão Rodrigues, acrescentando que acredita que possam vir a ser mais nos próximos dias, depois de as famílias se instalarem.

O ministro da Educação, que falava aos jornalistas à margem de uma sessão que assinalou o lançamento do Ano Europeu da Juventude, explicou que os alunos ucranianos que chegam agora às escolas são desde logo integrados numa turma, mas o primeiro passo é terem aulas de português.

“Depois, paulatinamente, vão entrando no currículo e esse é um processo que é muito comum às escolas portuguesas”, referiu, reafirmando que as escolas estão preparadas.

De acordo com o governante, os cidadãos ucranianos que chegaram a Portugal nas últimas semanas, fugidos da guerra na Ucrânia, têm-se fixado sobretudo nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto, e também em Leira.

“Chegam principalmente aos sítios onde existem comunidades ucranianas”, afirmou, sublinhando que, por isso, as escolas que têm recebido os novos alunos “já têm uma tradição de acolhimento de alunos ucranianos”.

Para agilizar a integração dos alunos beneficiários ou requerentes de proteção internacional, o Ministério da Educação definiu medidas extraordinárias para o seu acolhimento nas escolas, estando deste já assegurado o acesso ao apoio social escolar.

Serão também constituídas nas escolas equipas multidisciplinares para desenvolver estratégias adequadas à situação das crianças e jovens ucranianos e haverá processos simplificados para o reconhecimento das qualificações.

Tiago Brandão Rodrigues visitou hoje a Escola Secundária Afonso Lopes Vieira, em Leiria, para participar numa sessão que marcou o lançamento do Ano Europeu da Juventude, no âmbito do qual o Instituto Português do Desporto e Juventude desafiou as escolas a dinamizarem atividades ao longo do ano.