Por mais facilitado que seja o acesso à informação nos dias que correm, a realidade é que continuam a persistir muitos mitos. Na área da sexualidade, um assunto que continua fora das conversas de muitos, são inúmeras as crenças, muitas delas infundadas, que acabam por depois, na prática, afetar a vida íntima de milhares de casais. Saiba quais são as que os especialistas mais apontam e veja o que deve fazer.
1. A frequência das relações sexuais
A frequência das relações sexuais é uma das situações que pode dividir os casais. Um estudo francês aponta para uma média de 8,7 por mês. Uma investigação norte-americana aponta para 8,9 mas também há especialistas que falam em 13. Não existe um número considerado o ideal mas, como o sexo faz bem, convém aproveitar! No caso de lhe faltarem ideias, sugerimos-lhe posições sexuais a experimentar ou repetir.
2. A duração do sexo
Tão importante como a frequência das relações sexuais é a duração das mesmas. Um inquérito a 1.500 casais em 2005 determinou que a média ronda os sete minutos e os 20 segundos. Os especialistas de um estudo publicado no The Journal of Sexual Medicine diz que o tempo ideal se situa entre os sete e os 13 minutos e o aceitável entre três e sete minutos. Abaixo dos três minutos e acima dos 13 é considerado um ato insatisfatório.
3. A (in)satisfação sexual
Muitas mulheres fingem o orgasmo durante o sexo para esconder a insatisfação sexual e algumas até sofrem com isso, asseguram muitos especialistas. Um estudo internacional garante que muitas o fazem para agradar aos parceiros e para os fazer sentir realizados com a relação. Não tenha medo de abordar o assunto diretamente com o seu parceiro. Se lhe explicar convenientemente do que gosta, terá maior prazer na intimidade.
4. Ejaculação precoce
É outra das situações que condiciona a vida sexual do casal. Estima-se que, em média, entre 7% a 10% dos homens ocidentais sofram ocasionalmente deste problema. Um estudo de 2005 revelou que 80% dos que manifestam este problema ejacula em menos de 30 segundos. Mais uma vez, o diálogo entre o casal é meio caminho andado para a resolução do problema, em complemento de ajuda médica especializada.
5. A rotina e o fim da paixão
E não foram totalmente felizes para sempre, como sugeriam as histórias de amor que ouviram desde crianças... Com o passar do tempo, o desejo e a paixão tendem a diminuir, o que afeta a relação do casal, como confirmaram inúmeras investigações internacionais. Em vez de se queixar ou recriminar pela situação, aborde, frontalmente, o assunto com o seu parceiro e, se for necessário, recorra a terapia de casal.
6. O problema dos pelos
Há quem goste e até se excite com pelos mas também há quem os abomine. Nos últimos anos, os padrões estéticos mudaram. O número de homens que se depila aumentou consideravelmente mas muitos casais continuam a ter problemas em abordar o problema. Esta é uma boa altura para o fazer, sem rodeios. Se não se excita com a pilosidade do parceiro, sugira-lhe que se depile ou que, pelo menos, reduza o volume.
7. Sexo na gravidez
Durante a gravidez, o desejo sexual da mulher aumenta mas, paradoxalmente, há homens que evitam o sexo por receio de prejudicar o bebé ou por não gostarem da imagem menos sexy da mulher. Estudos internacionais levados a cabo por sexólogos e especialistas comportamentais garantem, no entanto, que uma atividade sexual moderada neste período beneficia tanto o feto como os futuros pais. Aproveite!
8. Problemas de ereção
Cerca de 40% dos homens já tiveram problemas de ereção ocasionais, muitos deles motivados pelo stresse, pela ansiedade e pelo cansaço ou até pelo nervosismo. Apesar de um estudo francês garantir que 70% das mulheres desdramatiza e se mostra compreensiva com a situação, a maioria dos homens lida mal com o problema. Ainda assim, os especialistas aconselham o casal a debater o assunto com frontalidade.
9. Masturbação
Longe vão os tempos em que a masturbação era uma coisa (muito) amaldiçoada pela sociedade. Segundos dados internacionais, 90% dos homens e 60% das mulheres já se masturbaram, ainda que o tema continue a ser tabu nos dias que correm, com poucos a abordá-lo. Investigações de caráter científico asseguram que este comportamento não só não é prejudicial como pode mesmo ter efeitos benéficos para a saúde.
10. As doenças que afetam a sexualidade
Diabetes, obesidade, cancro... A prevalência de doenças crónicas tem vindo a aumentar nas últimas décadas e muitas delas com consequências que afetam a intimidade do casal, como alertam muitos especialistas. O medo de magoar o parceiro fragilizado condiciona comportamentos e gera insatisfações que tanto um como outro evitam abordar. Este é outro dos assuntos que o casar deve debater naturalmente, sem medos.
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