O sexo penetrativo é a forma mais fácil dos homens homossexuais contraírem uma doença sexualmente transmissível com consequências mais ou menos graves, dependendo do tipo de infeção. O VIH, por exemplo, é cada vez mais comum nos homens homossexuais pelo que o preservativo masculino é o único método contraceptivo de barreira capaz de proteger contra o risco desta e de outras infeções de origem sexual.
No que diz respeito à transmissão de doenças durante o sexo, tenha em conta que esta não é feita apenas pelo sexo penetrativo, como muitas vezes se pensa. Muitas doenças podem ser transmitidas durante o sexo oral ou apenas pelo toque com a área afetada, como no caso do herpes genital e do HPV (Vírus do Papiloma Humano), responsável pelo aparecimento de verrugas nos órgãos genitais, ânus e reto.
Segundo Bram Brons, médico especialista na clínica euroClinix, «o sexo anal desprotegido acarreta um risco de infeção elevado, principalmente para o parceiro recetor». Essa situação verifica-se «por o revestimento do reto ser absorvente e por se poderem criar pequenas fissuras durante a fricção do sexo», sublinha o especialista. Por outro lado, a transmissão pode também ser feita no sentido contrário, através da uretra.
Quanto maior o número de relações sem proteção, maiores são as hipóteses de poder contrair uma infeção sexual, especialmente se um dos parceiros ejacular dentro do reto do outro. Uma ejaculação nessas condições permite que o revestimento deste órgão absorva o sémen do parceiro, sendo este transmitido à corrente sanguínea pelos vasos sanguíneos do reto.
As doenças por contacto com a pele
Apesar do uso do preservativo e de lubrificação à base de água durante o sexo penetrativo anal reduzirem o risco de infeção, não impedem a transmissão das doenças por contacto com a pele. Devem, por isso, ser observadas quaisquer lesões ou sinais de infeção antes da relação sexual e evitar o seu contágio. O conhecimento sobre a sua geral e genital do parceiro é fundamental para indicar se a infeção se apresenta ativa e em fase de transmissão, podendo haver o contágio mesmo quando não estejam presentes outros sinais.
A pressão sobre os homens gays ou bissexuais pela sociedade leva a que muitas vezes sejam adotados comportamentos de risco, aumentando os níveis de ansiedade e depressão e também de transmissão de doenças de carácter sexual entre a comunidade homossexual. Faça testes regulares e monitorize o seu estado de saúde e o do seu parceiro, especialmente no caso de avançar para o sexo desprotegido.
Certifique-se que tem uma relação monogâmica e baseada na confiança, onde qualquer alteração ao estado se saúde seja comunicada atempadamente. Se notar sinais ou sintomas de infeção em si ou no seu parceiro, procure ajuda médica para que lhe seja prescrito o tratamento adequado.
Durante este tipo de tratamentos desaconselha-se, geralmente, a prática de relações sexuais, sendo que na maioria dos casos o parceiro tem de se submeter à mesma opção de tratamento para evitar uma reinfeção futura. A utilização do preservativo é, assim, fundamental e imprescindível em qualquer tipo de contacto sexual, quer este seja anal ou oral.
Texto: Clínica euroClinix
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