Qual a sua origem?
A Coloração Pessoal surgiu nos Estados Unidos pela mão da estilista e designer de moda Suzanne Caygill que não percebia porque é que, ao vestir determinadas atrizes de Hollywood, a mesma cor sobressaía mais em determinadas mulheres do que noutras. Intrigada com este assunto, dedicou-se ao estudo da cor durante parte da sua carreira.
“Ela começou a estudar os pigmentos da pele e entendeu que cada pessoa tinha uma constituição diferente e um grupo de cor que a valorizava. É o que chamamos de Coloração Pessoal”, refere Sarah Mayra em entrevista ao SAPO Lifestyle sobre este método que, na década de 1950, viria a dar origem ao Caygill Method of Color Analysis.
O que é?
A Coloração Pessoal – também conhecida como Análise Cromática e Colometria – é uma técnica que permite perceber quais as cores que mais valorizam a nossa beleza natural e criam mais harmonia com o nosso tom de pele.
“A partir do momento em que entendemos quais são as nossas cores, percebemos porque é que determinada cor fica tão bem na nossa amiga e em nós não”, salienta a consultora de estilo e especialista em Colometria sobre este tema. “Acredito muito no poder que a imagem tem em conseguir expressar quem nós somos utilizando as cores e a moda como ferramenta”. Resumidamente, esta técnica tem a finalidade de, através dos seus resultados, conferir mais luminosidade, mais harmonia e um aspeto saudável à aparência da cliente.
Como funciona?
O primeiro passo é perceber qual é o T.I.P. de cada pessoa. Ou seja, a especialista vai analisar três dimensões de cores que estão presentes naturalmente na nossa pele: a temperatura, a intensidade e a profundidade.
“Dentro da temperatura vamos analisar se a pele é fria ou quente. Na categoria de intensidade vamos perceber se a pele aguenta cores mais intensas, mais vivas, mais brilhantes ou cores mais opacas, mais fechadas. Na última característica, a de profundidade, vamos perceber se são cores mais claras ou se são cores mais escuras”, afirma sobre este teste que é feito de cara lavada, de cabelo apanhado, preferencialmente com a incidência de luz natural e em frente a um espelho.
Com o auxílio de diferentes cartelas de cores em tecido que vão sendo colocadas junto do rosto da cliente, a profissional vai perceber de que forma é que a pele vai reagindo a cada um dos diferentes conjuntos de cores e quais as que mais nos valorizam. Ou seja, quais os tons que nos dão um aspeto mais iluminado, mais harmonioso e saudável e aqueles que não valorizam o nosso tom de pele, nos apagam e criam demasiado contraste.
Ao analisarmos a temperatura tenta-se perceber que cores existem e estão presentes na nossa pele. “As peles que são mais frias têm uma maior quantidade de hemoglobina, por isso é que, naturalmente, são mais avermelhadas e branquinhas, diferentes das peles quentes, mais amareladas e com uma maior quantidade de caroteno no sangue. Esse efeito visual das cores nada mais é do que o nosso pigmento sanguíneo. Por isso é que a nossa cartela de cores é a mesma a vida inteira”, refere a especialista.
Na intensidade o objetivo é compreender que tipo de tonalidades é que o nosso rosto aguenta, se cores mais vivas ou mais opacas, sem que isso nos ofusque. “Aqui não estamos a analisar o contraste, mas a continuidade. Quando as cores são muito intensas estas chegam primeiro que a pessoa. Quando colocamos cores mais suaves, o rosto aparece”, diz, explicando que a harmonia é a palavra-chave desta etapa. “A nossa roupa não chega nem antes nem depois [de nós]. É tudo perfeito da cabeça aos pés.”
Na profundidade vamos descobrir se são as cores claras – com maior quantidade de pigmento branco - ou cores quais escuras - com maior quantidade de pigmento preto – que ficam melhor em nós e que tipo de efeito produzem no nosso rosto e na nossa imagem. “Culturalmente, temos a mania de achar que se estamos muito iguais algo está mal, que tem de haver contraste, e não é assim. A repetição é igual à harmonia”, refere.
Esta técnica, que foi desenvolvida tendo por base o método sazonal expandido e que é composto por 12 cartelas de cores, apoia-se nas quatro estações do ano. Após passarmos a primeira fase - onde identificarmos qual a temperatura, intensidade e profundidade da nossa pele - é-nos atribuída uma estação do ano que se subdivide em três grupos de cores: primavera (brilhante, quente, clara), verão (claro, frio, suave), outono (suave, escuro, quente) ou inverno (brilhante, frio, escuro). O passo final é perceber qual das três cartelas disponíveis é a que melhor se adapta às nossas características, ao nosso TIP e que mais favorece a nossa beleza natural.
Quais os seus benefícios?
Em primeiro lugar, e talvez o mais evidente, é o efeito que tem na autoestima da mulher. Os resultados da análise cromática vão funcionar como um guia personalizado que irá permitir que o cliente consiga tirar partido da sua beleza natural. Mais do que as cores que melhor funcionam em nós e em que devemos apostar em termos de guarda-roupa, a Coloração Pessoal consegue entrar em detalhe ao dizermos qual a cor de cabelo, os tons de maquilhagem e de acessórios que mais nos favorecem.
Mas Sarah Mayra garante que os benefícios da análise cromática não ficam por aqui. Para além de dedicarmos menos tempo a arranjarmo-nos de manhã, também conseguimos poupar dinheiro na hora de ir às compras. “Compra-se muito mais assertivamente, há um consumo consciente e já vamos diretamente para aquilo que sabemos que fica bem em nós”, elucida.
E Sarah Mayra faz questão de salientar ainda outro aspeto importante: que os resultados não devem ser encarados como uma proibição e que, a partir de agora, não podemos usar outras cores que não façam parte dos resultados apresentados. “A Coloração Pessoal não é uma ferramenta que nos pretende limitar. O objetivo é o conhecimento”, frisa.
A Coloração Pessoal (90 euros) pode ser feita online ou presencialmente no estúdio de Sarah Mayra e tem a duração de 90 minutos. Para mais informações, clique aqui.
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