"Hoje é o dia em que digo adeus à Maison Margiela", escreveu, sem dar pistas sobre o futuro da sua carreira.
"Boatos... Toda a gente quer saber e toda a gente quer sonhar. Tudo será anunciado quando chegar o momento", acrescentou.
John Galliano expressou "gratidão à [sua] família da moda por este momento criativo", que lhe "salvou a vida". Este também agradeceu o "ninho que todos criamos juntos".
O estilista, considerado um dos mais brilhantes da sua geração, foi demitido da Dior em 2011 após uma discussão na qual, embriagado, fez insultos antissemitas contra os clientes de um bar em Paris. O incidente rendeu-lhe a demissão e uma multa de 6.000 euros, que só terá de pagar em caso de reincidência.
Após o escândalo, Galliano, que sempre negou ser racista ou antissemita, desapareceu da vida pública e submeteu-se a um tratamento de desintoxicação no Arizona.
Em outubro de 2014, a Maison Margiela, uma casa conhecida por cultivar a discrição e a cultura do anonimato, contratou-o para diretor artístico.
No post publicado esta quarta-feira no Instagram, o britânico reforçou que está "sóbrio há 14 anos" e prestou tributo a Renzo Rosso, proprietário do grupo OTB, ao qual pertence a Maison Margiela.
"O presente mais precioso que me deu foi o de voltar a dar-me a oportunidade de encontrar, mais uma vez, a minha voz criativa, que tinha perdido", declarou.
O seu desfile, realizado em janeiro de 2024, causou uma forte comoção entre os 250 espectadores presentes, com alguns à beira das lágrimas ao contemplar a sua coleção, "Artisanal", inspirada na agitada Paris do fim do século XIX.
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