Pergunte-se a André Oliveira que tempo levou a criar a coleção de estreia da Three Land e a resposta vem pronta: 37 anos. Tantos quantos a sua idade. E que melhor forma de começar que chutando para os pés os desperdícios de uma fruta que nasce já com uma coroa?

Ao fazê-lo, a marca colocou-se ao lado do número crescente de empresas lusas que estão a explorar novos materiais e conceitos nos produtos, procurando assim inovar e ir ao encontro das preocupações dos novos perfis de consumo.

Foi também por isso que a Three Land incorporou como matéria-prima de eleição, as fibras de celulose extraídas das folhas do ananás (conhecida como piñatex, visto como o biocouro do futuro) – com aspeto final muito semelhante à pele natural, além de ser um tecido macio, flexível e de longa durabilidade.

O fabrico eco-consciente da insígnia, que recorre a produção nacional e a fornecedores ibéricos, não se fica por aqui, dado que integra igualmente no produto final uma tela conseguida a partir de garrafas de plástico e microfibras recicladas. Tal como a sola, feita de materiais reciclados. O interior dos sneakers, esse, tem um tratamento antibacteriano, para um uso sem odor.

Foi a pensar no consumidor eco-cool, que procura um andar confortável e respira a saúde do meio ambiente a (quase) cada passada que a Three Land - uma das mais recentes 272 novas marcas que o setor do calçado português viu nascer nos últimos 11 anos - criou a série de sapatilhas Vitamin Zero: sneakers eco-conscientes, de desenho minimalista, sem género (tanto dá para homem como para mulher), sola flexível e perfeitos para o estilo casual do dia a dia.

Three Land
créditos: Three Land

Para já, o modelo de estreia arranca com quatro tonalidades, e com um preço de 123 euros para adultos. Para os mais juniores (dos tamanhos 30 ao 34), o custo de um par de Vitamin Zero é de 85 euros.

A marca começa agora a dar os primeiros passos no mercado luso, mas o claim é internacional: Three Land, three generations commitment, porque a marca pensa globalmente, sem as fronteiras que o comércio eletrónico permite (a venda é online), e que dar corda não só às sapatilhas, mas um movimento.

“Na Three Land levamos as questões ambientais e de sustentabilidade planetária muito a sério e acreditamos que o consumismo desenfreado é uma das maiores causas de desperdício mundial. Os nossos sneakers eco-conscientes querem, por isso, ser protagonistas de um movimento”, sublinha Diana Pedrosa, co-fundadora da marca, com André Oliveira.

E qual é esse movimento e como pode uma sapatilha “ser um vetor de mudança no mundo”?

“O compromisso das três gerações funciona de uma forma muito simples: começa com as ações de cada um de nós, as quais tornar-se-ão valores para os respetivos filhos e, por sua vez, um verdadeiro legado para os filhos dos nossos filhos. Ao fazermos escolhas conscientes para nós próprios, e para aqueles que amamos, estamos a mostrar-lhes o que realmente importa. É por isso que a Three Land Vitamin Zero não é um sapato vulgar - é um movimento”, explica a marca, através de André Oliveira.

Porque pequenos gestos incentivam outros e com todos eles consegue-se “fazer algo realmente relevante e inspirador”, enfatiza Diana, por cada par de Vitamin Zero a Three Land doará 1,50 euros a uma organização de solidariedade.

Assumidamente, a Threeland não é para todos. É para os que se importam. É para os que querem fazer a diferença, passo a passo.