Estabilizar a alopécia androgénica é fundamental para o sucesso de um transplante capilar, sendo que, além da idade, existem outros fatores que podem ajudar a consegui-lo.
As hormonas masculinas, principais responsáveis pela alopécia androgénica
Por norma, a partir dos 20 anos, é possível começar a notar-se uma redução da densidade capilar nas regiões frontal e temporal da cabeça. São as temidas entradas. A alopécia costuma progredir gradualmente, provocando queda de cabelo na zona superior da cabeça (a coroa). A razão por detrás disto prende-se com o facto de as unidades foliculares (micro-órgãos produtores de cabelo) destas áreas apresentarem maior sensibilidade aos andrógenos locais, as hormonas masculinas, causadoras da miniaturização dos folículos até ao seu desaparecimento, principalmente a Dihidrotestosterona (DHT) que se origina a nível local pela conversão da testosterona pela enzima 5-alfa-redutase.
É comum que a queda do cabelo associada à alopécia androgénica progrida rapidamente entre os 20 e os 30 anos. Após os 30-35 anos, este ritmo costuma diminuir. Na maioria dos homens, a alopécia tende a estabilizar por volta dos 45-50 anos, sendo o ritmo de evolução da doença mais lento, habitualmente a partir do 55-60 anos, o que coincide com a altura em que os níveis de testosterona tendem a baixar. No entanto, não está cientificamente comprovado que isto tenha efeito na estabilização da alopécia, já que o fator mais importante é o nível de andrógenos de cada pessoa e mais ainda a concentração local de DHT.
Medicamentos antiandrogénicos para a estabilização da alopécia
Nos graus 1 e 2 da Escala de Norwood-Hamilton, é possível travar a queda com tratamentos farmacológicos, e também com tratamento capilares, que melhoram a qualidade do cabelo.
No primeiro caso, encontramos os medicamentos antiandrogénicos Dutasterida e Finasterida. A sua ação inibe a enzima 5-alfa-redutase, o que leva a uma menor produção de DHT, que, como referimos antes, é a forma que mais influencia a alopécia androgénica. Assim, o folículo sofre menos a ação desta hormona.
O médico especialista determinará, de acordo com as particularidades de cada caso, quais as quantidades a administrar, por que via e durante quanto tempo.
Também é frequente a utilização do Minoxidil para fortalecer e manter o cabelo, embora não seja eficaz a recuperar o que já se tenha perdido.
Do mesmo modo, também o Finasteride e o Dutasteride são incapazes de recuperar cabelo: apenas o irão manter e fortalecer.
A combinação destes tratamentos com cuidados dermatológicos permitirá estabilizar a queda do cabelo, passo necessário antes de um transplante capilar, atualmente a única solução definitiva contra a alopécia androgénica.
Tratamentos capilares para melhorar a qualidade do cabelo e travar a queda
Entre os tratamentos capilares para ajudar a recuperar a qualidade e a resistência do cabelo, encontramos a Mesoterapia MesoHAir Plus, o ActivePlasma Insparya e a Fotobiomodulação com laser de baixa frequência.
A mesoterapia MesoHAir Plus é um processo de bioestimulação e nutrição capilar que consiste na administração local, por injeção intradérmica ou por processo de microneedling de um preparado constituído por vitaminas, proteínas e sais minerais, juntamente com fatores de crescimento, fatores com ação antiandrogénica, antioxidantes e ácido hialurónico.
Por outro lado, o tratamento de ActivePlasma Insparya aproveita os fatores de crescimento obtidos a partir das plaquetas do próprio paciente. Isto regenera os tecidos e previne uma maior deterioração da unidade folicular, prevenindo o envelhecimento e enfraquecimento do cabelo.
Com a aplicação de laser de baixa frequência sobre o couro cabeludo detemos a queda do cabelo, estimulamos o crescimento de cabelo novo e fortalecemos o já existente.
Um artigo do médico Carlos Portinha, médico diretor clínico do grupo Insparya.
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