Ir ao dentista é para muitos um momento de ansiedade e nervosismo, quer pelo medo de brocas, do barulho ou pelo próprio ambiente clínico. Ainda assim, cada paciente é único e há que os conhecer a todos. Sabendo que existem tantas personalidades quantos problemas orais, os dentistas devem conhecer os seus pacientes e categorizá-los por personalidades, para que seja mais fácil enquadrar e antecipar comportamentos.
1. O Viciado
Todos os dentistas têm um paciente que é o mais assíduo da “turma”. Este paciente é viciado em ir ao dentista e quer sempre mais e melhores tratamentos. Quer seja para consultas de rotina, cuidado, como branqueamento dentário e limpezas, este cliente passa grande parte da sua vida no consultório. Tem os dentes brancos? Quer um alinhamento. Tem os dentes alinhados? Quer uma limpeza.
2. O Especialista
Este cliente é o que, mesmo antes do diagnóstico, já sabe qual o tratamento que precisa e quais os materiais necessários. É o tipo de paciente que questiona decisões e caminhos e que, mesmo com a boca em análise, gosta de falar e falar... Este é um dos pacientes mais desafiantes, pois quando as soluções não vão ao encontro das suas o acompanhamento pode tornar-se mais atribulado, especialmente quando se debate a duração dos tratamentos ou os resultados,
3. O Reativo
Esta é a pessoa que vai ao dentista apenas quando algo está errado: quer seja por um formigueiro enquanto come um gelado ou por um sangramento quando escova os dentes. Estas pessoas aparecem no dentista apenas como reação ao problema e acreditam que, se não houver dor, está tudo bem – pensamento esse que está errado. Este tipo de pessoas precisa de ser consciencializado para a prevenção, para compreender que sentir dor é sinónimo de que os problemas já passaram de mal a pior. O ideal será visitar o dentista de seis em seis meses para prevenir problemas mais graves como periodontite e cancros orais.
4. O Esquecido
O paciente esquecido vai ao dentista mais vezes do que o reativo, só que muitas vezes esquece-se das consultas. Ora, faltar a consultas não é uma boa prática, já que acaba por afetar os objetivos dos tratamentos e prolongar os tempos dos mesmos. Para resolver esta questão, o primeiro passo pode ser apenas relembrar a data das marcações um dia antes dos agendamentos ou criar uma aplicação que o relembre das marcações próximas. Por outro lado, é ainda possível abordar o tema de uma ótica mais técnica, desenhando um plano de tratamentos contínuo e mostrar que o mesmo é afetado pela falta de comparência.
5. O Medroso
O medroso é parecido com o reativo, porém com ou sem dor, evita ao máximo enfrentar o ambiente clínico. Desde o zumbido do equipamento utilizado, à luz e ao ambiente frio das clínicas, todas estas condições colocam este tipo de pessoas em estado de ansiedade e até de pânico. Oferecer uma sedação antes dos tratamentos ou ensinar a estas pessoas técnicas de respiração profunda podem ser soluções. O importante é passar uma sensação de controlo dizendo, por exemplo, que será possível parar sempre que levantem a mão e criar ainda um ambiente calmo, recorrendo a música relaxante.
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