Contudo, de acordo com a fonte, mantém-se “o prognóstico reservado”.
O bebé, que necessita de Oxigenação por Membrana Extracorporal (ECMO), deu entrada no hospital “com covid-19 e com um quadro clínico compatível com a existência de uma miocardite”, de acordo com a informação disponibilizada no sábado pela diretora clínica do “S. João”.
Maria João Baptista explicou que o bebé “estava clinicamente muito doente, tinha arritmias cardíacas que foram muito difíceis de controlar (…) necessitou de ser ventilado mecanicamente e, apesar de todas as medidas que foram instituídas, entrou num choque cardiogénico, em que o coração deixa de ser capaz de assegurar a circulação do sangue pelo corpo e houve a necessidade de colocá-lo em ECMO”.
“Posteriormente o bebé foi ficando estável, a equipa clínica está a prestar todos os cuidados de que necessita e posso dizer que a situação está controlada”, disse, admitindo que, apesar de ser “um quadro grave, que inspira cuidados”, é um “excelente sinal saber que o bebé respondeu bem ao ECMO e que ficou estável”.
Numa mensagem a todos os pais, a médica recomendou que “haja tranquilidade”, enfatizando que “a existência de infeções com esta gravidade é muito rara em idade pediátrica e, sobretudo, em bebés tão pequenos”.
“Sabemos que com esta idade, com 13 meses, é um bebé frágil e que corre sempre um risco perante uma infeção, seja o SARS-COV-2 ou qualquer outro vírus, de ter um processo que é mais grave, que pode ter de entrar em cuidados intensivos e em ECMO. O que é que nós devemos fazer é ser prudentes. Não é provável que uma criança vá ter um quadro destes, os pais não têm de ficar alarmados. Não estamos à espera de ter um aumento de casos deste género”, assinalou a diretora clínica.
No Hospital de S. João deram entrada desde o início da pandemia três casos de covid-19 em idade pediátrica, disse hoje à Lusa fonte do hospital.
A mesma fonte acrescentou que o bebé de 13 meses estava internado no Centro Materno Infantil do Norte por covid-19, mas teve que ser transferida para o Hospital de S. João por “alterações cardíacas”.
A covid-19 provocou pelo menos 5,723 milhões de mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse, divulgado no sábado.
Em Portugal, desde março de 2020, morreram 20.222 pessoas e foram contabilizados 2.915.971 casos de infeção, segundo dados de hoje da Direção-Geral da Saúde.
A doença é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.
A variante Ómicron, que se dissemina e sofre mutações rapidamente, tornou-se dominante do mundo desde que foi detetada pela primeira vez, em novembro, na África do Sul.
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