A colonoscopia é o método mais eficaz de diagnóstico ou de rastreio do cancro do intestino. Contudo para a sua eficácia este procedimento médico exige que o intestino esteja perfeitamente limpo aquando da sua realização.
Com esse propósito há metodologia de preparação para as colonoscopias que é necessária executar nos dias anteriores à sua realização.
Era comum sabermos que várias colonoscopias não eram realizadas com êxito devido a uma má preparação intestinal.
O grau de literacia dos cidadãos, nesta área, e alguma linguagem menos percetível nos protocolos que são entregues aos utentes na sua marcação levam a que isso aconteça, o que motiva marcação de nova colonoscopia, e muitas vezes aplicação de nova anestesia, em dias futuros com todas as consequências menos positivas que isso acarreta.
Assim, a Europacolon Portugal decidiu disponibilizar uma Linha de Apoio exclusiva para informações sobre os adequados procedimentos para a preparação das colonoscopias, visando eliminar a sua repetição por deficiente preparação.
Esta linha de apoio telefónica da Europacolon Portugal, funciona através do número 960 199 492, de 2ª a 6ª feira das 9h às 19h.
Todas as pessoas em cujo protocolo recebido da Instituição onde vão realizar a colonoscopia tenham identificado o número de atendimento da Europacolon podem utilizar esta linha.
Cóloncheck: a ferramenta de ajuda à deteção precoce do cancro colorretal
No passado dia 13 de julho, a Europacolon Portugal com o apoio da Norgine, lançou a web app CÓLONCHECK - www.coloncheck.pt, uma plataforma que servirá de apoio na realização de colonoscopias e que ajudará a promover a deteção precoce do cancro colorretal. Nesta web app encontrará toda a informação que necessita sobre este exame, com dicas e receitas preparadas pelo chef Sá Pessoa e respostas a todas as suas questões.
Porquê o rastreio obrigatório a partir dos 50 anos
A colonoscopia é o método ideal de rastreio do cancro do intestino. A alternativa é a pesquisa de sangue oculto nas fezes.
Todos os cidadãos que tenham entre 50 e 74 anos, homens ou mulheres, devem obrigatoriamente fazer o rastreio desta doença.
O rastreio do cancro do intestino é o rastreio de melhor custo benefício e pode poupar muitas das mortes em Portugal por esta doença.
O Cancro colorretal demora muitos anos a crescer e se o rastreio for efetuado a doença é detetada num estádio precoce, podendo ser tratada. Caso isso não aconteça e o tumor seja encontrado num estádio avançado a probabilidade de sobrevivência a longo prazo é muito menor, tendo os cidadãos de se sujeitarem a cirurgias e tratamento oncológicos que geram sofrimento, custos, perdas sociais e diminuição da qualidade de vida dos pacientes e familiares.
Para além da idade, a hereditariedade é também um fator de risco. Pessoas cujos ascendentes do 1º grau tenham tido a doença devem também submeter-se a colonoscopia antes dos 50 anos.
Todas as pessoas que tenham sintomas frequentes tais como aparecimento de sangue nas fezes, alteração dos hábitos intestinais, sensação que o intestino não esvazia, dores abdominais, emagrecimento e/ou cansaço permanentes devem consultar o seu médico assistente para despiste destes sintomas, mesmo antes dos 50 anos.
A incidência do cancro colorretal em Portugal é de cerca de 10.500 novos casos ano responsáveis por mais de 4.000 mortes.
A implementação do rastreio de base populacional que tarda a implementar-se em Portugal é o método mais eficaz para a diminuição deste número de mortes e para a diminuição de incidência num estado avançado desta doença.
É obrigatário que os médicos assistentes incentivem os cidadãos a realizarem o rastreio e que as autoridades da Saúde em Portugal promovam a sua implementação urgente em todo o país.
As pessoas que tenham efetuado o rastreio por pesquisa de sangue oculto nas fezes e que tenham um resultado positivo devem realizar uma colonoscopia no prazo máximo de 30 dias.
É urgente que os decisores em saúde criem condições para que estes diagnósticos se executem, o que nem sempre acontece.
Panorama do cancro colorretal em tempo de pandemia
O Cancro Colorretal face à sua incidência e mortalidade é um problema de Saúde Pública que se agravou ainda mais com a pandemia.
Exige-se que o Ministério da Saúde normalize o acesso dos cidadãos às consultas dos centros de saúde de forma que os diagnósticos precoces de doenças oncológicas (cerca de 50.000/ano) se concretizem e os doentes sejam referenciados para tratamento em consultas hospitalares.
As consequências em doentes Não Covid estão, como se depreende, a ter efeitos bem mais graves do que a própria pandemia.
Convidamos os leitores a consultarem a web app Cóloncheck, e o portal da Europacolon Portugal para visualizarem os apoios que a Associação disponibiliza para a população que vão desde duas linhas de apoio, um portal de apoio aos cuidadores, consultas de nutrição e psicologia, disponibilidade de segunda opinião clínica., grupos de apoio, etc.
Tudo o que a Europacolon disponibiliza para a população é gratuito.
Um conselho da Europacolon: Previna-se realize o rastreio do cancro do intestino.
Se pretender algum esclarecimento contacte-nos através da Linha de Apoio 808 200 199.
Um artigo de Vítor Neves, Presidente da Europacolon Portugal.
Comentários