A autarca, eleita pelo PS, falava aos jornalistas após a reunião de programação de trabalho das equipas multidisciplinares criadas no âmbito do combate à COVID-19 no concelho da Amadora, distrito de Lisboa, e que decorreu no Centro de Operações Municipal Integrado.
Carla Tavares explicou que antes de o concelho entrar na segunda fase de calamidade – em 01 de julho – , em articulação com a unidade de saúde pública tinha sido determinado o fecho de um conjunto de estabelecimentos.
Agora, no quadro de contraordenações existentes e das restrições que resultam do estado de calamidade, como o fecho a partir das 20:00 ou a proibição de consumo de bebidas alcoólicas na via pública, a autarca refere que as medidas vieram “facilitar e ajudar quer a polícia municipal quer as equipas mistas no seu trabalho diário de fiscalização”.
De acordo com Carla Tavares, a questão mais difícil que o município enfrenta são os finais de tarde, o período entre as 17:30 e as 20:00.
“Prende-se com o maior numero de pessoas em ajuntamento à porta dos estabelecimentos, é o momento do dia mais difícil, em que é necessária uma intervenção de sensibilização muito permanente”, disse Carla Tavares, reconhecendo, no entanto, que as pessoas vão cumprindo as determinações.
Segundo a autarca, as ações de sensibilização e fiscalização das equipas distribuídas pelas seis freguesias, sempre com um elemento da policia municipal, “têm corrido muito bem”.
“As pessoas, de uma forma geral, acatam as recomendações que são dadas pelas equipas que estão na rua, sete dias por semana até às 20:00”, salientou.
Questionada sobre o número de casos de COVID-19 no concelho e os dados divulgados pela Direção-Geral da Saúde, Carla Tavares frisou ter um “conhecimento muito próximo e direto da realidade dos dados”.
“Admito e reconheço que por ser o território mais pequeno em área da AML, mas o mais densamente povoado do país, é facilitador deste trabalho em rede porque o território é pequeno [24 quilómetros quadrados] e já trabalhava em rede, pelo que a partilha de informação é essencial para ajustarmos a melhor intervenção”, reconheceu.
“A nossa equipa de saúde pública reporta diariamente os dados do concelho”, salientou.
Portugal regista hoje mais seis óbitos por COVID-19, em relação a domingo, e mais 232 casos de infeção confirmados, dos quais 195 na região de Lisboa e Vale do Tejo, segundo os dados da Direção-Geral da Saúde (DGS) hoje divulgados.
De acordo com o boletim epidemiológico diário, o total de óbitos por COVID-19 desde o início da pandemia é agora de 1.620 e o total de casos confirmados é de 44.129.
As seis freguesias do concelho da Amadora - Águas Livres, Alfragide, Encosta do Sol, Falagueira-Venda Nova, Mina de Água e Venteira – encontram-se ainda em estado de calamidade, assim como outras 13 freguesias de quatro outros concelhos da Área Metropolitana de Lisboa.
As equipas multidisciplinares existentes no concelho da Amadora estão no terreno desde o dia 20 de março, altura em que foi ativado o Plano de Emergência Municipal.
A reunião de programação de trabalho das equipas constituídas por profissionais das Unidades de Cuidados na Comunidade do Agrupamento de Centros de Saúde da Amadora, técnicos locais da Segurança Social e da Proteção Civil e Polícia de Segurança Pública ocorre todos os dias e antecede a saída das equipas para o terreno, onde decorre a intervenção junto das populações.
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