Falando a seguir ao Conselho de Ministros em que foi decidido interromper a atividade letiva de todos os graus de ensino, António Costa pormenorizou que as creches e ATL também ficarão fechadas durante um período de 15 dias a partir de sexta-feira.
Quanto às universidades, "no âmbito da autonomia universitária, devem adotar as devidas medidas, tendo em conta que alguns dos estabelecimentos estão neste momento em avaliações e poderão ter que reajustar esse calendário de avaliações", declarou.
O primeiro-ministro justificou a interrupção da atividade letiva com a disseminação da variante do SARS-CoV-2 mais contagiosa na sociedade portuguesa, que registou um aumento de prevalência de 08% na semana passada para cerca de 20% atualmente.
O primeiro-ministro afirmou que de acordo com as previsões epidemiológicas, os novos casos da variante britânica do novo coronavírus poderão atingir uma prevalência de "60% nas próximas semanas" e que "o princípio da precaução" determina o encerramento das escolas.
Salientou que o encerramento da atividade letiva é complementar a todas as outras medidas de restrição da atividade económica e de movimentos da população em vigor e que se pretende que seja "de curta duração", dando tempo para medir a evolução da situação epidemiológica.
Questionado sobre a razão pela qual não determinou antes o encerramento das escolas, António Costa afirmou que se tomam medidas "m função dos dados que existem, não dos que existiram nem dos que se imagina que venham a existir".
"Há uma semana, de acordo com os dados que tínhamos, esta estirpe tinha uma prevalência reduzida. No espaço de uma semana, teve um crescimento muito significativo", indicou.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.075.698 mortos resultantes de mais de 96,8 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 9.686 pessoas dos 595.149 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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