Portugal regista esta terça-feira mais 25.836 casos de COVID-19 e 15 óbitos associados à doença, segundo o último relatório da Direção-Geral da Saúde (DGS) divulgado hoje.

Desde março de 2020, morreram 19.015 pessoas com esta patologia em território nacional e foram identificados 1.460.406 casos de infeção pelo vírus SARS-CoV-2.

De acordo com o último relatório oficial, registaram-se mais 19.931 casos de recuperação nas últimas 24 horas. Ao todo há agora 1.227.642 doentes recuperados da doença em Portugal.

A região de Lisboa e Vale do Tejo é a área do país com mais novas notificações, num total de 42% dos diagnósticos.

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O relatório da situação epidemiológica, com dados atualizados até às 24h00 de ontem, indica que a região de Lisboa e Vale do Tejo é a que regista o maior número de mortes acumuladas relacionadas com o vírus SARS-CoV-2 com 7.992 (+5), seguida do Norte com 5.788 óbitos (+3), Centro (3.374, +5) e Alentejo (1.090, =). Pelo menos 590 (+2) mortos foram registados no Algarve. Há 128 mortes (=) contabilizadas na Madeira. Nos Açores registam-se 53 (=) óbitos associados à doença.

Internamentos sobem

Em todo o território nacional, há 1.203 doentes internados, mais 36 do que ontem, e 147 em unidades de cuidados intensivos (UCI), sem alterações face ao dia anterior.

De acordo com o boletim da DGS sobre a situação epidemiológica, existem 213.749 casos ativos da infeção em Portugal — mais 5.890 do que ontem — e 188.485 pessoas em vigilância pelas autoridades — mais 7.248 do que no dia anterior.

Imagem do boletim da DGS
Imagem do boletim da DGS

A região de Lisboa e Vale do Tejo é a área do país com maior número de infeções acumuladas, com 576.161 (+10.831), seguida da região Norte (530.553 +8.848), da região Centro (203.682 +3.322), do Algarve (60.954, +653) e do Alentejo (50.673 +641). Nos Açores existem 13.114 casos contabilizados (+219) e na Madeira 25.269 (+1.322).

O que nos diz a matriz de risco?

Portugal apresenta uma incidência de 1.805,2 casos de infeção por SARS-CoV-2/COVID-19 por cada 100.000 habitantes e um índice médio de transmissibilidade R(t) nacional de 1,43. Com estes valores, o país mantém-se fora da zona de segurança da matriz de risco.

No território continental, o R(t) fixou-se nos 1,43. A DGS atualiza estes dados à segundas, quartas e sexta-feiras.

Imagem do boletim da DGS
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Faixas etárias mais afetadas

O maior número de óbitos concentra-se entre as pessoas com mais de 80 anos, com 12.324 (+8) registadas desde o início da pandemia, seguidas das que tinham entre 70 e 79 anos (4.126, +7), entre 60 e 69 anos (1.750, =) entre 50 e 59 anos (555, =), 40 e 49 anos (192, =) e entre 30 e 39 anos (49, =). Há ainda 13 mortes (=) registadas entre os 20 e os 29 anos, duas (=) entre os 10 e os 19 anos e três (=) entre os 0 e os 9 anos.

Os dados indicam que, do total das vítimas mortais, 9.992 são do sexo masculino e 9.023 do feminino.

A faixa etária entre os 20 aos 29 anos é a que tem maior incidência de casos, contabilizando-se um total de 244.982 (+5.038) infeções, seguida da faixa etária dos 40 e os 49 anos, com 240.697 (+4.992), e da faixa etária dos 30 aos 39 anos, com 220.689 (+4.385). Logo depois, surge a faixa etária entre os 50 e os 59 anos, com 198.874 (+3.995) reportadas. A faixa etária entre os 10 e os 19 anos tem 158.381 (+2.636), entre os 60 e os 69 anos soma 131.715 (+2.134) e a dos 0-9 anos tem 100.008 (+1.226) infeções reportadas desde o início da pandemia. Por último, surge a faixa etária dos 80 ou mais anos, que totaliza 85.025 (+529) infeções e dos 70 aos 79 anos, com 80.035 (+901) casos.

Desde o início da pandemia, houve 684.046 homens infetados e 774.980 mulheres, sendo que se desconhece o género de 1.380 pessoas.

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Recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS)

  • Caso apresente sintomas de doença respiratória, as autoridades aconselham a que contacte a Saúde 24 (808 24 24 24). Caso se dirija a uma unidade de saúde deve informar de imediato o segurança ou o administrativo.
  • Evitar o contacto próximo com pessoas que sofram de infeções respiratórias agudas; evitar o contacto próximo com quem tem febre ou tosse;
  • Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto direto com pessoas doentes, com detergente, sabão ou soluções à base de álcool;
  • Lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir;
  • Evitar o contacto direito com animais vivos em mercados de áreas afetadas por surtos;
  • Adotar medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o braço, nunca com as mãos; deitar o lenço de papel no lixo);
  • Seguir as recomendações das autoridades de saúde do país onde se encontra.

A COVID-19, causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, é uma infeção respiratória aguda que pode desencadear uma pneumonia.

A doença é transmitida por um novo vírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

EUA regista recorde mundial com mais de 1 milhão de casos num dia

Os Estados Unidos registaram na segunda-feira um recorde mundial de novos casos de COVID-19 num só dia, ao contabilizar mais um milhão de infetados, anunciou hoje a Universidade Johns Hopkins. De acordo com números apresentados pela instituição, 1,06 milhões de norte-americanos testaram positivo para o coronavírus SARS-Cov-2 na segunda-feira, numa altura em que o país enfrenta uma quinta vaga de covid-19, alimentada pela variante Ómicron.

Os Estados Unidos também lideram o mundo no número médio diário de novas mortes, sendo responsável por uma em cada cinco mortes registadas a cada dia. Desde o início da pandemia, os Estados Unidos já contabilizaram 56.280.742 casos de infeção e 830.349 mortes relacionadas com a covid-19.

O principal conselheiro da Casa Branca para a crise de saúde, Anthony Fauci, disse no domingo que o aumento do número de casos de covid-19 nos Estados Unidos segue uma curva “quase vertical”. O forte aumento de contágios, que se verifica sobretudo em Nova Iorque, está a levar muitas empresas a regressar ao teletrabalho, que tinham abandonado em 2021 ou esperavam fazê-lo em 2022.

A capital económica dos EUA, que foi um dos epicentros da pandemia na primeira vaga em março de 2020, regista agora níveis recorde de contágios (85 mil no sábado) e um aumento evidente das hospitalizações (9.500 hoje).

A COVID-19 provocou já 5.441.446 mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência de notícias francesa AFP.

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