”Até agora pelos dados que nós recebemos ainda não houve presença de nenhuma amostra reveladora da variante Ómicron, mas notamos uma coisa: a estatística e epidemiologia já nos começam a alertar que o número de casos já tende a subir, sinal de que o alerta tem que ser redobrado,” garantiu Edgar Neves.
“Sem querer alarmar ninguém” o ministro da saúde está convicto que só a variante Ómicron pode explicar o aumento de casos em mais de 90% em menos de uma semana.
“Tudo indica que [a variante Ómicron] vai entrar, se é que já cá não esteja” referiu, assegurando que “é praticamente impossível” evitar a entrada desta variante no país, uma vez que “não há nenhum país do mundo que se tenha protegido na totalidade e evitado a entrada do vírus.”
Contudo, Edgar Neves garantiu que “as autoridades sanitárias e não só, estão a tomar as medidas todas em termos de controlo mais rigoroso possível nas portas de entrar e todo um conjunto de medidas de logística sanitária para que a probabilidade de entrada seja mínima.”
“Mas tudo indica que iremos ter a variante Ómicron”, reafirmou.
Face ao aumento de casos e a ameaça da nova variante, o ministro da saúde exortou a população a aderir ao processo de vacinação.
“Temos que vacinar. Não é apelar. As pessoas têm que ser vacinadas sob pena de constituírem veículos de transmissão da doença,” afirmou Edgar Neves.
O mês de dezembro, além de ser marcado pelas festividades do Natal e do ano novo, é também momento em que muitos turistas e emigrantes são-tomenses visitam o país.
Apesar de estar em vigor o estado de contingência com proibição de realização de festas e grandes aglomerações, estas medidas não têm sido devidamente acatadas pela população.
O ministro da saúde prometeu maior controlo, tendo em conta aquilo que diz ter sido o exemplo do ano passado.
“Nós no ano passado conseguimos dar um bom exemplo de controlo a nossa região e ao mundo, no sentido de reduzir estas grandes concentrações e este ano tudo iremos fazer, sobretudo quando sabemos que há esta variante de propagação muito mais rápida, por isso toda a sociedade tem que mobilizar” afirmou Edgar Neves.
São Tomé e Príncipe registou 15 casos positivos de covid-19 nas últimas 72 horas, na ilha de São Tomé.
De acordo com o boletim divulgado pelo Ministério da Saúde de São Tomé e Príncipe, o país não registou qualquer morte nas últimas 24 horas.
O documento esclarece que foram realizados 233 testes RT-PCR na semana de 20 a 26 de dezembro, tendo registados 24 casos positivos.
Com os dados mais recentes, o arquipélago conta com 3.759 casos de infeção pelo novo coronavírus desde o início da pandemia, entre os quais 57 óbitos e 3.676 recuperações da doença.
O boletim divulgado pelo Ministério da Saúde refere que 87.536 pessoas já receberam a primeira dose da vacina, enquanto 55.475 já receberam as duas doses.
A covid-19 provocou mais de 5,40 milhões de mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.
Uma nova variante, a Ómicron, considerada preocupante pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, a 24 de novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 110 países, sendo dominante em Portugal.
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