Para os gregos, talvez a mudança mais importante seja voltar a viajar para as suas casas de verão ou visitar os seus parentes nas aldeias, já que a partir de hoje foi levantada a proibição de deslocação entre as regiões.

Quem pretender viajar de carro não tem de tomar medidas de segurança adicionais, embora o Governo recomende a realização de testes rápidos para o SARS-CoV-2 antes de iniciar a viagem.

Para as pessoas que viajarem para as ilhas de ‘ferry’ — que podem operar com ocupação máxima de 85% – ou de avião, é obrigatório um certificado de vacinação ou um teste PCR negativo realizado 72 horas antes da viagem ou um teste rápido ou domiciliar realizado 24 horas antes ou ainda um atestado de que já teve a doença.

Outro fator essencial que muda a partir de hoje é que passa a ser permitido o acesso a lojas não essenciais sem marcação prévia, como era obrigatório desde a reabertura das lojas no final de março.

No entanto, a limitação de apenas um cliente por 25 metros quadrados permanece inalterada, assim como os protocolos de distância e a obrigatoriedade de uso de máscara em todos os lugares.

As imagens nas ruas começaram a mudar em 03 de maio, quando os bares e restaurantes ao ar livre reabriram depois de meio ano encerrados e apenas com serviços de entrega.

Com esta abertura, o recolher obrigatório noturno também foi flexibilizado e, a partir de hoje, será ainda mais curto e vigorará das 00:30 às 05:00, o que permite que os restaurantes encerrem à meia-noite.

A partir de hoje, os museus também reabrem – os sítios arqueológicos já o fizeram no dia 22 de março.

Um dos principais objetivos do levantamento das restrições tem sido conseguir reabrir o turismo, principal motor da economia grega, uma vez que gera entre 25 e 30% do seu produto interno bruto (PIB).

No entanto, os especialistas estão preocupados porque a incidência acumulada atual do novo coronavírus na Grécia continua muito alta – quase 270 em 14 dias e 162 em sete dias por 100.000 habitantes – e a pressão sobre o precário sistema de saúde pública continua muito alta.

Nas últimas semanas, o número de novas infeções dom novo coronavírus estabilizou ligeiramente, mas continua a ultrapassar em muito os 2.000 casos por dia, num país com cerca de 11 milhões de habitantes.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.333.603 mortos no mundo, resultantes de mais de 160,3 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.