Hugo Barreto, 38 anos, marketeer de profissão, inspirou-se num vídeo sobre um francês que corria em casa e elevou a fasquia: fazer a meia maratona dentro de quatro paredes.

Em duas horas e 20 minutos, longe do seu melhor tempo que está fixado em uma hora e 39 minutos, Hugo Barreto completou 21 quilómetros após muitas voltas dentro do perímetro do seu apartamento. Ao fazê-lo, cumpria as indicações da Direção-Geral da Saúde (DGS), que pede aos portugueses que evitem deslocações desnecessárias, devido à pandemia de COVID-19, e que se mantenham ativos fisicamente.

"Comecei por fazer cinco quilómetros e depois organizei a casa de forma a criar um percurso maior e aí completei a meia maratona, ou seja, os 21 quilómetros", contou ao SAPO. Na sua página de vídeos online, partilha vídeos onde mostra a proeza.

"Gastei cerca de 1.800 calorias, segundo o relógio que utilizo, mais ou menos o mesmo valor que costumo obter quando corro uma meia maratona na rua", acrescenta. "Contudo durante a corrida, tentei ingerir também calorias, de forma a manter os níveis equilibrados, o semelhante ao que faço numa prova", revela, dando como exemplo a ingestão de banana e marmelada.

"Acho totalmente importante, equilibrar o exercício e a alimentação, devemos garantir que fazermos exercício para manter a forma e a saúde", acrescenta.

COVID-19: Hugo correu a meia maratona num apartamento em Lisboa
COVID-19: Hugo correu a meia maratona num apartamento em Lisboa Hugo Barreto

"Embora seja possível estar na rua a fazer exercício, resolvi estar sempre em casa para proteger a saúde da minha família, a minha e a dos outros. Contudo é desafiante fazer exercício, estar em teletrabalho e ainda cuidar de crianças, mas tudo se faz. O importante é manter o foco nos objetivos", frisa.

Portugal regista 629 mortos associados à COVID-19, mais 30 do que na quarta-feira, e 18.841 infetados (mais 750), indica o boletim epidemiológico divulgado pela Direção-Geral da Saúde (DGS).

O relatório da situação epidemiológica, com dados atualizados até às 24:00 de quarta-feira, indica que a região Norte é a que regista o maior número de mortos (355), seguida pelo Centro (146), pela região de Lisboa e Vale Tejo (115) e do Algarve, com nove mortos. O boletim regista quatro óbitos nos Açores.

Em relação às 18.841 pessoas infetadas pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2), a grande maioria - 17.539 está a recuperar em casa. Estão internadas 1.302 pessoas, 229 das quais em Unidades de Cuidados Intensivos.

Das mortes registadas, 413 tinham mais de 80 anos, 131 tinham idades entre os 70 e os 79 anos, 59 entre os 60 e os 69 anos, 18 entre os 50 e os 59 anos e oito óbitos na faixa entre os 40 e os 49 anos.