A medida surge um dia depois de Macau ter lançado uma ronda de testes à covid-19 a quase 38.500 pessoas, numa zona da região chinesa onde foi detetado um caso positivo, alegadamente “importado” da China continental.
Para as pessoas já vacinadas, a passagem fronteiriça continua a ser possível com um teste negativo feito no espaço de 48 horas, sublinhou Leong Iek Hou, do Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus dos Serviços de Saúde de Macau (SSM).
A medida abrange todas as pessoas que cheguem ao território, sejam residentes ou trabalhadores estrangeiros sem estatuto de residente, sublinhou a responsável, numa conferência de imprensa. Exceções só para menores de cinco anos e pessoas com condições médicas que impossibilitem a vacinação.
Leong garantiu que as autoridades não pretendem “forçar qualquer pessoa a ser vacinada”, mas sublinhou que a vacinação “é muito importante” para prevenir o contágio e a doença, assim como “reduzir os encargos dos hospitais”.
Por outro lado, a dirigente revelou que Macau deverá receber até dezembro as novas vacinas adaptadas à Ómicron, a variante dominante do novo coronavírus, que já estão a ser administradas na Europa e nos Estados Unidos.
Segundo dados oficiais divulgados hoje pelos Serviços de Saúde de Macau, 91,97% da população foi vacinada contra a covid-19, embora 3,5% só tenha recebido uma dose e 40,6% duas doses.
Em 22 de setembro, o líder do Governo de Macau, Ho Iat Seng, revelou que havia mais de seis mil idosos acima dos 80 anos que ainda não estavam vacinados.
A cidade vizinha de Zhuhai detetou um caso positivo, confirmado na quarta-feira em Macau, de uma mulher de 66 anos, não vacinada, que reside na zona de Fai Chi Kei, no norte da península.
As autoridades bloquearam todas as saídas da rua onde a sexagenária vive, numa casa com mais duas pessoas, com o edifício de apartamentos a ser classificado como de código vermelho.
Todos os residentes da zona circundante ou pessoas que estiveram lá durante pelo menos 30 minutos terão de fazer testes de ácido nucleico diários durante três dias consecutivos.
Na primeira ronda, realizada na quarta-feira, todos os 38.457 testes deram negativo, com mais 10.548 também negativos já hoje.
O risco de um novo surto é “relativamente baixo”, admitiu Leong Iek Hou, que disse que os resultados da última ronda de testes deverão ser conhecidos na manhã de sábado.
Leong disse também que todas as pessoas que se desloquem aos hospitais de Macau terão de primeiro realizar um teste de ácido nucleico à covid-19, sem terem de esperar pelo resultado.
Macau, que segue a política de casos zero imposta por Pequim, registou até ao momento seis mortes e 2.532 infetados (793 casos confirmados e 1.747 assintomáticos) ligados ao novo coronavírus.
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