Segundo o relatório semanal do INSA sobre a evolução da covid-19 divulgado ontem, o número médio de casos diários de infeção pelo coronavírus SARS-CoV-2 a cinco dias voltou a descer dos 5.479 para os 4.488 a nível nacional, sendo ligeiramente mais baixo no continente (4.153).
Esta média de 4.488 contágios diários pelo SARS-CoV-2 é a mais baixa registada este ano, que começou com valores elevados e que desceram até maio, altura em que as infeções voltaram a subir no país, resultando na sexta vaga potenciada pela linhagem BA.5 da variante Ómicron, considerada pelos especialistas como mais transmissível.
De acordo com os relatórios do INSA, durante este ano, a média mais elevada de casos diários a cinco dias foi registada no final de janeiro (49.795 contágios), quando a taxa de incidência era de 6.130,9 casos por 100 mil habitantes e o índice de transmissibilidade (Rt) de cerca de 1,16.
O número de casos caiu até maio, uma tendência que se inverteu quando a BA.5 passou a ser a linhagem do coronavírus dominante no país e responsável pela maioria das infeções, o que fez aumentar a média até aos 29.101 registada no final desse mês.
Segundo o relatório do INSA, apesar da redução do número de casos de covid-19, o Rt – que estima o número de casos secundários de infeção resultantes de cada pessoa portadora do vírus — subiu em Portugal de 0,81 para 0,86.
Este indicador, apesar de ser inferior ao limiar de 1, aumentou também em quase todas as regiões do país: no Norte passou de 0,81 para 0,85, no Centro de 0,81 para 0,88, em Lisboa e Vale do Tejo de 0,80 para 0,84, no Alentejo de 0,84 para 0,90, no Algarve de 0,83 para 0,87, nos Açores de 0,83 para 0,88, mantendo-se nos 0,86 na Madeira.
Todas as regiões, com exceção do Algarve (1.185,2), apresentam agora uma taxa de incidência inferior a 960 casos por 100 mil habitantes em 14 dias, refere ainda o documento.
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