Ao ser questionado numa conferência de imprensa sobre o eventual fecho de fronteiras, Steffen Seibert, porta-voz do governo alemão, indicou que o “objetivo” de Angela Merkel é enfrentar o “novo risco” dentro da UE “em conjunto e com medidas comparáveis”.
A questão, adiantou, é um dos temas a debater na teleconferência de chefes de Estado e de Governo europeus na quinta-feira, na cimeira sobre a pandemia da covid-19.
Seibert disse ainda que a propagação das novas variantes do SARS-CoV-2, mais infecciosas, é um “risco que os políticos responsáveis devem enfrentar quanto antes” e a razão para Merkel antecipar uma semana, para terça-feira, a reunião com os chefes dos governos dos 16 Estados federados alemães.
Nesta reunião deverão ser abordadas novas medidas para travar a pandemia na Alemanha, incluindo o alargamento do teletrabalho, a obrigatoriedade das máscaras FPP2 (com filtro para pequenas partículas) e o prolongamento das atuais restrições.
O porta-voz assinalou que se nota um “ligeiro aplanar” da curva de infeções, o que aponta para o “sucesso” das medidas adotadas nas últimas semanas, referindo-se, no entanto, a um “longo caminho” para se conseguir controlar a epidemia.
Os porta-vozes dos Ministérios da Economia e das Finanças alemãs indicaram, por seu turno, estarem a ser acordadas as novas ajudas às empresas forçadas a encerrar devido às restrições, prometendo que serão maiores e mais fáceis de solicitar.
O ministro das Finanças, Olaf Scholz, disse hoje à rádio pública regional RBB que as ajudas se vão prolongar até meados de fevereiro.
Desde novembro que estão fechados na Alemanha os locais de entretenimento, cultura e restaurantes, o que se alargou em dezembro a toda a atividade comercial ou de serviços não essencial.
As aulas presenciais foram suspensas em meados de dezembro e só deverão ser retomadas no início de fevereiro.
Desde a semana passada também existem restrições de mobilidade para as pessoas de localidades ou distritos com mais de 200 casos semanais por 100.000 habitantes.
Nas últimas 24 horas a Alemanha registou 7.141 casos e 214 mortes ligadas à covid-19, o quarto dia consecutivo com uma diminuição dos números. O país totaliza 2.040.659 infetados e 46.633 mortos desde o início da pandemia.
A pandemia de covid-19, transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019 na China, provocou pelo menos 2.031.048 mortos resultantes de mais de 94,9 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço da agência France Presse.
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