"Estas são as regras que foram emanadas pela autoridade de saúde, foram transmitidas às companhias e são aquelas que, neste momento, achamos que são fundamentais para garantir a segurança de quem viaja e a segurança da nossa população", disse Paula Cabaço, presidente da APRAM – Portos da Madeira, no porto do Funchal.
A responsável falava em conferência de imprensa, depois da atracagem do navio "SeaDream I", o primeiro a fazer escala na Madeira, após sete meses de encerramento devido a pandemia.
Dos 31 passageiros a bordo, quatro desembarcaram no Funchal, e os restantes pediram a realização de teste PCR a uma entidade privada, para apresentarem em Barbados, o próximo porto de paragem.
Paula Cabaço explicou que todos os passageiros cujo destino final seja a Madeira terão de fazer teste à covid-19, mesmo que apresentem um negativo realizado há menos de 72 horas.
"Neste momento, queremos pecar por excesso", afirmou, admitindo, no entanto, ajustamentos em função da evolução pandémica.
Por outro lado, os passageiros em trânsito com teste realizado há 72 horas, poderão vir a terra e efetuar um percurso turístico "em bolha", sem estabelecer contacto direto com a população local.
O "SeaDream I", um navio com 108 metros de comprimento e capacidade para 112 passageiros e 95 tripulantes, operado pela empresa SeaDream Yacht Club, deixa o porto do Funchal às 15:30 de hoje.
"Das 35 escalas que tínhamos para este mês de outubro, só esta se realizou", disse Paula Cabaço, vincando permanecem em reserva cinco das 60 previstas para novembro e, na noite de passagem do ano, deverão atracar no Funchal apenas quatro dos 13 navios inicialmente previstos.
A APRAM indicou que o encerramento do porto de cruzeiros durante sete meses gerou uma perda de três milhões de euros, o que levou o Governo Regional a aprovar um apoio de 4,4 milhões de euros à empresa, considerando que a perda de receitas ocorreu de "forma direita, necessária e involuntária".
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