A presidente desta comunidade autónoma espanhola que tem 6,7 milhões de habitantes, Isabel Díaz Ayuso, defendeu que queria “fechar” a região “apenas os dias imprescindíveis” para impedir a habitual deslocação de milhões de madrilenos nestas ocasiões.

O executivo regional de direita mantém assim o braço de ferro com o Governo central socialista que defende confinamentos regionais mais prolongados, apesar de o setor da saúde ser competência das comunidades autónomas.

Ayuso considera que a forma mais correta de lutar contra a pandemia é realizar confinamentos ao nível do que se chama em Espanha “zonas básicas sanitárias”, de dimensões idênticas às freguesias portuguesas.

As zonas básicas sanitárias com um índice mais elevado de contágios de covid-19 têm limitada a deslocação dos seus habitantes, o que acontece em 32 dessas zonas na comunidade de Madrid.

A região onde se encontra a capital espanhola afasta-se assim da maioria das comunidades autónomas do país, que nos últimos dias têm anunciado confinamentos ao nível de toda a comunidade e/ou também ao nível dos seus concelhos.

Há 11 comunidades num total de 17 onde o confinamento já entrou em vigor ou vai entrar nos próximos dias, mas durante um período mais prolongado de, pelo menos, duas semanas.

Por outro lado, o Parlamento espanhol deverá hoje aprovar o prolongamento do atual estado de emergência durante os próximos seis meses, até 09 de maio.

O Governo espanhol decretou no domingo passado o estado de emergência sanitária em todo o país durante quinze dias, o que dá a cada comunidade autónoma a cobertura jurídica necessária para tomarem medidas para tentar contrariar a progressão da pandemia sem terem de pedir autorização à justiça.

Os próximos dois fins de semana são prolongados, até segunda-feira, porque incluem o feriado no Dia de Todos os Santos – 01 de novembro que se comemora em Espanha no dia seguinte, segunda-feira 02 de novembro - e o feriado regional da Nossa Senhora de Almodena – 09 de novembro, padroeira de Madrid.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1,1 milhões de mortos no mundo desde dezembro do ano passado, incluindo 2.395 em Portugal.

Na Europa, o maior número de vítimas mortais regista-se no Reino Unido (45.675 mortos, mais de 942 mil casos), seguindo-se Itália (37.905 mortos, mais de 589 mil casos), França (35.541 mortos, mais de um 1,1 milhões de casos) e Espanha (35.466 mortos, mais de 1,1 milhões de casos).

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